quarta-feira, 28 de abril de 2021

COM ROTINA DE VACINAS AFETADA, RISCO DE SURTOS DE SARAMPO PREOCUPA ENTIDADES INTERNACIONAIS...

FONTE:, https://extra.globo.com/

Os serviços de vacinação de rotina começam a se recuperar das interrupções causadas pela Covid-19, mas milhões de crianças continuam expostas a doenças mortais. O alerta é feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a aliança global para vacinas Gavi, nesta Semana Mundial da Imunização.

As entidades afirmam ser necessário um compromisso global renovado para melhorar o acesso e a cobertura vacinal. Por isso, lançam ontem a Agenda de Imunização 2030, uma estratégia com o objetivo de aumentar o “impacto salvador” de vacinas por meio de sistemas de imunização mais fortes.

Uma das principais preocupações, segundo a OMS, é a perda de força da campanha contra o sarampo, que já afetou cerca de 140 milhões de pessoas no mundo. A doença é uma das mais contagiosas e pode resultar em grandes surtos nos locais nos quais os moradores não estão vacinadas.

No Brasil, o sarampo também avançou, provocando mortes por falta de vacinação. Sete pessoas morreram da doença no ano passado, das quais seis eram crianças com menos de 18 meses.

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan Americana de Saúde (Opas) um certificado de erradicação do sarampo. No entanto, o país perdeu este reconhecimento em 2019, depois de ocorrer um surto da doença por mais de um ano, com novos casos surgindo.

As metas da agenda incluem atingir 90% de cobertura para vacinas essenciais administradas na infância e adolescência, reduzir pela metade o número de crianças que perderam todas as vacinas e concluir 500 introduções nacionais ou subnacionais de imunizantes novos ou subutilizados, como os contra Covid-19, rotavírus e HPV.

Governos precisam assumir compromissos.

Para isso, as organizações pedem que líderes mundiais e a comunidade global de saúde assumam compromissos explícitos com a agenda e desenvolvam planos nacionais de imunização ambiciosos. As entidades também pedem que doadores e governos aumentem os investimentos em pesquisa e inovação de vacinas e que a indústria farmacêutica e os cientistas continuem a acelerar o seu desenvolvimento.

Se totalmente implementada, a estratégia global de imunização poderá evitar cerca de 50 milhões de mortes, de acordo com a OMS.

“Se quisermos evitar vários surtos de doenças potencialmente fatais, como sarampo, febre amarela e difteria, devemos garantir que os serviços de vacinação de rotina sejam protegidos”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, em comunicado.

Ele também destacou que as vacinas ajudarão a acabar com a pandemia da Covid-19, mas somente “se garantirmos um acesso justo para todos os países e construirmos sistemas fortes para aplicá-las”.

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