FONTE: JOYCE COHEN, do New York Times.
Para fãs de futebol americano, a imagem inapagável do Super Bowl do mês passado pode ter sido o passe de "touchdown" do zagueiro Drew Brees, que colocou o time New Orleans Saints à frente. Porém, para audiólogos, o destaque veio depois do jogo quando Brees, sob uma chuva de confete, segurou no alto seu filho de 1 ano de idade, Baylen.
O menino usava algo que parecia com os fones de ouvido usados pelos técnicos de seu pai, mas na verdade eram protetores de ouvido de baixo custo e pouca tecnologia para preservar seu ouvido do barulho do estádio.
Especialistas afirmam que esse tipo de proteção é essencial para ouvidos jovens num mundo ensurdecedor. A perda da audição a partir da exposição a barulhos altos é cumulativa e irreversível; se essa exposição começa na infância, as crianças podem "viver metade de suas vidas com perda de audição", afirmou Brian Fligor, diretor de audiologia diagnóstica do Hospital Infantil de Boston.
"Esta mensagem precisa ser transmitida aos pais repetidamente", disse Fligor. "Se uma criança só vai a um único evento esportivo barulhento, não é nenhum problema. Mas para aquelas crianças que vão a jogos de futebol a vida toda, como os filhos do zagueiro Drew Brees, já é um problema. Um ouvido jovem e delicado pode não conseguir suportar os danos".
De acordo com o Instituto Nacional de Segurança Ocupacional e Saúde dos Estados Unidos, mais de 15 minutos de exposição a 100 decibéis não é seguro. O barulho num estádio de futebol pode chegar a 100-130 decibéis.
Um barulho que é potencialmente perigoso para um adulto ainda é mais prejudicial para uma criança, disse Levi A. Reiter, chefe do programa de audiologia da Universidade Hofstra, que também tem uma clínica particular de audiologia n o Brooklyn.
Pelo fato de que o canal auditivo de uma criança pequena é muito menor do que o de uma criança ou de um adulto, disse Reiter, a pressão do som que entra no ouvido é maior. Uma criança pequena pode perceber um som como 20 decibéis mais alto do que uma criança maior ou um adulto. O comprimento mais curto do canal auditivo aumenta os níveis de barulho perigoso nas frequências mais altas, que são cruciais para o desenvolvimento da linguagem.
FREQUÊNCIA.
A ciência do problema é esporádica, dizem audiólogos. Mesmo se pessoas que frequentam shows saibam dos danos provocados por música alta, poucas crianças usam aparelho de proteção do ouvido em eventos esportivos, desfiles ou show de fogos, ou quando estão perto de motocicletas e "snowmobiles" de altos decibéis.
Trata-se de uma mensagem difícil de ser transmitida. A perda de audição, que se acumula lentamente ao longo da vida, nem é dolorosa nem desfigurativa, por isso pode passar despercebida. Stephen Glasser, audiólogo de Great Neck, NY, afirma que o estigma associado a aparelhos auditivos muitas vezes considerados um sinal da idade ou de fraqueza parece afetar a proteção da audição.
Embora os adultos possam escapar de um barulho desconfortavelmente alto, "quando você é pequeno, no braço dos pais ou num carrinho de bebê, não consegue sair", disse Nancy Nadler, diretora executiva assistente do Centro para a Audição e Comunicação, antiga Liga para a Dificuldade de Audição. Eles também não podem articular se estão sentindo os efeitos secundários de uma exposição a sons altos, que incluem sensação de abafado ou sons apitando no ouvido, conhecido como zumbido.
O menino usava algo que parecia com os fones de ouvido usados pelos técnicos de seu pai, mas na verdade eram protetores de ouvido de baixo custo e pouca tecnologia para preservar seu ouvido do barulho do estádio.
Especialistas afirmam que esse tipo de proteção é essencial para ouvidos jovens num mundo ensurdecedor. A perda da audição a partir da exposição a barulhos altos é cumulativa e irreversível; se essa exposição começa na infância, as crianças podem "viver metade de suas vidas com perda de audição", afirmou Brian Fligor, diretor de audiologia diagnóstica do Hospital Infantil de Boston.
"Esta mensagem precisa ser transmitida aos pais repetidamente", disse Fligor. "Se uma criança só vai a um único evento esportivo barulhento, não é nenhum problema. Mas para aquelas crianças que vão a jogos de futebol a vida toda, como os filhos do zagueiro Drew Brees, já é um problema. Um ouvido jovem e delicado pode não conseguir suportar os danos".
De acordo com o Instituto Nacional de Segurança Ocupacional e Saúde dos Estados Unidos, mais de 15 minutos de exposição a 100 decibéis não é seguro. O barulho num estádio de futebol pode chegar a 100-130 decibéis.
Um barulho que é potencialmente perigoso para um adulto ainda é mais prejudicial para uma criança, disse Levi A. Reiter, chefe do programa de audiologia da Universidade Hofstra, que também tem uma clínica particular de audiologia n o Brooklyn.
Pelo fato de que o canal auditivo de uma criança pequena é muito menor do que o de uma criança ou de um adulto, disse Reiter, a pressão do som que entra no ouvido é maior. Uma criança pequena pode perceber um som como 20 decibéis mais alto do que uma criança maior ou um adulto. O comprimento mais curto do canal auditivo aumenta os níveis de barulho perigoso nas frequências mais altas, que são cruciais para o desenvolvimento da linguagem.
FREQUÊNCIA.
A ciência do problema é esporádica, dizem audiólogos. Mesmo se pessoas que frequentam shows saibam dos danos provocados por música alta, poucas crianças usam aparelho de proteção do ouvido em eventos esportivos, desfiles ou show de fogos, ou quando estão perto de motocicletas e "snowmobiles" de altos decibéis.
Trata-se de uma mensagem difícil de ser transmitida. A perda de audição, que se acumula lentamente ao longo da vida, nem é dolorosa nem desfigurativa, por isso pode passar despercebida. Stephen Glasser, audiólogo de Great Neck, NY, afirma que o estigma associado a aparelhos auditivos muitas vezes considerados um sinal da idade ou de fraqueza parece afetar a proteção da audição.
Embora os adultos possam escapar de um barulho desconfortavelmente alto, "quando você é pequeno, no braço dos pais ou num carrinho de bebê, não consegue sair", disse Nancy Nadler, diretora executiva assistente do Centro para a Audição e Comunicação, antiga Liga para a Dificuldade de Audição. Eles também não podem articular se estão sentindo os efeitos secundários de uma exposição a sons altos, que incluem sensação de abafado ou sons apitando no ouvido, conhecido como zumbido.
PRODUTOS.
Mas proteger a audição de crianças muito pequenas não é fácil. Plugs de ouvido são grandes demais para canais auditivos pequeninos e fáceis demais de serem colocados na boca, representando risco de asfixia. Eles também são difíceis de inserir no ouvido às vezes, nem mesmo adultos inserem seus próprios plugs de ouvido corretamente.
Veja o caso dos dispositivos como os protetores de ouvido usados por pelo menino Baylen Bress. Vendidos por várias empresas (os de Baylen eram da Peltor), eles incluem protetores de orelha leves e preenchidos com espuma, pesando menos de 220g e custam geralmente entre 20 e 30 dólares.
A maioria desses dispositivos não foi projetada para crianças pequenas, mas a Baby Banz vende protetores de ouvido para bebês a partir de 6 meses. Embora sejam ajustáveis, eles ainda podem ficar folgados demais bebês menores, disse Shari Murphy, gerente de operações para a América do Norte, acrescentando que as vendas de protetores de ouvido cresceram 40% após o Super Bowl.
Mais da metade dos clientes têm necessidades especiais, como autismo ou distúrbios sensoriais, disse Murphy. Para crianças maiores, os compradores geralmente são os avós, que às vezes dizem que os netos cobrem os ouvidos em shows pirotécnicos ou aéreos, ou que eles próprios sofrem de perda de audição.
O uso de proteção para o ouvido "pode tornar a experiência agradável, em vez de fazer o bebê chorar e você ficar sem saber o porquê", disse Nadler, do Centro de Audição e Comunicação.
Muitas vezes, ela acrescentou, limitar a exposição de uma criança ao barulho é uma questão de bom senso. Pode ser melhor deixar o bebê em casa com uma babá.
"Precisamos encarar o barulho como algo perigoso", disse Nadler, "como ferramentas afiadas ou um forno quente".
Mas proteger a audição de crianças muito pequenas não é fácil. Plugs de ouvido são grandes demais para canais auditivos pequeninos e fáceis demais de serem colocados na boca, representando risco de asfixia. Eles também são difíceis de inserir no ouvido às vezes, nem mesmo adultos inserem seus próprios plugs de ouvido corretamente.
Veja o caso dos dispositivos como os protetores de ouvido usados por pelo menino Baylen Bress. Vendidos por várias empresas (os de Baylen eram da Peltor), eles incluem protetores de orelha leves e preenchidos com espuma, pesando menos de 220g e custam geralmente entre 20 e 30 dólares.
A maioria desses dispositivos não foi projetada para crianças pequenas, mas a Baby Banz vende protetores de ouvido para bebês a partir de 6 meses. Embora sejam ajustáveis, eles ainda podem ficar folgados demais bebês menores, disse Shari Murphy, gerente de operações para a América do Norte, acrescentando que as vendas de protetores de ouvido cresceram 40% após o Super Bowl.
Mais da metade dos clientes têm necessidades especiais, como autismo ou distúrbios sensoriais, disse Murphy. Para crianças maiores, os compradores geralmente são os avós, que às vezes dizem que os netos cobrem os ouvidos em shows pirotécnicos ou aéreos, ou que eles próprios sofrem de perda de audição.
O uso de proteção para o ouvido "pode tornar a experiência agradável, em vez de fazer o bebê chorar e você ficar sem saber o porquê", disse Nadler, do Centro de Audição e Comunicação.
Muitas vezes, ela acrescentou, limitar a exposição de uma criança ao barulho é uma questão de bom senso. Pode ser melhor deixar o bebê em casa com uma babá.
"Precisamos encarar o barulho como algo perigoso", disse Nadler, "como ferramentas afiadas ou um forno quente".
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