terça-feira, 30 de março de 2010

ENTREVISTA FERNANDO ANDRADE...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Não foi nem um pouco fácil “tirar” do baiano Fernando Andrade Santana, 55 anos, eleito por duas gestões, presidente do Sinbaf– Sindicato Baiano dos Árbitros de Futebol da Bahia, uma entrevista sobre o resultado dos exames da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em Salvador. Em conversa com a equipe de reportagem da Tribuna da Bahia, o ex-árbitro baiano deixou claro que o momento é muito difícil para a categoria, e lamenta que esteja praticamente sozinho, sem companheiros na luta pela valorização e melhor qualificação destes profissionais no Estado da Bahia.

Tribuna da Bahia – O que está acontecendo com a arbitragem baiana?
Fernando Andrade – A Federação Bahiana a muito que trabalha com os mesmos nomes, porque não existe uma programação de renovação. Hoje, as escalas são sempre as mesmas, o mesmo árbitro, os mesmo auxiliares, só muda o jogo.

TB - Qual a sua posição como presidente do Sinbaf?
FA - Fizemos um curso, formamos uma nova turma no final do ano passado, em conjunto com a Faculdade Isaac Newton, com anuência da FBF. Mas nenhum dos 20 novos árbitros teve até agora qualquer oportunidade.
TB - Como funciona a Ceaf – Comissão Estadual de Árbitros de Futebol, que é um órgão da FBF, com obrigação de regular, fiscalizar, preparar e avaliar os árbitros?
FA – Não funciona. O Sindicato Baiano não tem conhecimento profundo do trabalho da Ceaf dentro da Federação. Apenas sabemos que no seu bojo o órgão deveria funcionar com pessoas altamente credenciadas, ex-árbitros que tiveram destaque na profissão, como Manoel Serapião Filho e Arnaldo Menezes Pinto, ambos da Fifa, Arnaldo, inclusive, com participação na Copa do Mundo de 1998, na França, como assistente.

TB - E quem comanda, no caso, a Ceaf?
FA - O que sabemos é que o Sr. Wilson Paim executa todo o trabalho.

TB - E os ex-árbitros Paulo Celso Bandeira e Luís Antônio Lima Santana não fazem parte da Ceaf?
FA - O próprio Paulo Celso Bandeira me disse que nunca fez uma escala de arbitragem, e que o trabalho que tentou fazer no órgão foi rejeitado pelo presidente da Federação Bahiana de Futebol. Deixou claro que não saiu, porque exerce a função de observador da CBF, e ganha R$ 400 por cada partida trabalhada.

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