terça-feira, 30 de março de 2010

VIDA NOVA, VELHO AMOR...

FONTE: Daniel Batista, Revista Baby & Cia/ed.12 (itodas.uol.com.br).
A separação não pode se tornar uma barreira na relação com os filhos. É claro que às vezes é complicado evitar que isso aconteça, principalmente se a criança for pequena. Falar ao telefone para saber como foi a aula de natação, por exemplo, fica difícil. O mais importante é que os pais criem alternativas para assegurar a proximidade e sempre mantenham o diálogo.
A qualidade dos encontros também é fundamental, orienta a psicóloga Daniella F. de Faria. “A criança precisa sentir que pode contar com o pai e com a mãe sempre que for necessário. Isso a deixa segura para crescer e viver feliz”, diz a especialista.
A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO.
Crianças pequenas necessitam de cuidados especiais que geralmente são dados pela mãe. Além disso, dificilmente a separação não deixa sequelas e mágoas. Ainda assim, os pais devem zelar pela amistosidade do clima quando o assunto é a convivência de ambos com a criança.
A solução está mais nas mãos das mães, facilitando ou dificultando as coisas. “Mesmo que tenha a guarda, a mãe deve ter em mente que a presença do pai é tão importante quanto a dela. Cada um tem um papel específico na formação da estrutura emocional e na construção do caráter da criança”, afirma a psicopedagoga Ângela C. Bocchile. Pais separados nunca devem falar mal um do outro para a criança. Elas amam os dois igualmente e se sentem incapazes de resolver o problema. Por outro lado, ficam felizes e orgulhosas quando ouvem falar bem.
LADO A LADO.
Garantido o bom relacionamento para o bem da criança, o passo seguinte é cuidar da proximidade. Mesmo morando com a mãe, a criança precisa entender que tem duas casas – a do papai e a da mamãe. Outra alternativa interessante é criar um revezamento na tarefa de levar na escola e buscar. O pai também pode pegar a criança para jantar e deixá-la na casa da mãe mais tarde. “E assim diferentes situações podem ser criadas, pois é importante que ambos tenham a consciência de que a separação foi do casal, e não dos filhos”, define Ângela C. Bocchile.
DICAS DE PASSEIO.
O encontro do pai separado com a criança tem que ser aproveitado ao máximo. Passeios dependem muito da idade. Zoológico, teatros infantis, parques temáticos, cinemas, restaurantes, lanchonetes e shoppings costumam agradar. Mas todas as atividades requerem alto astral e prazer. O pai jamais pode estar com a criança por obrigação.
Qualquer lugar se torna mágico se essa regra for obedecida. O foco deve estar na relação pai-filho. Um precisa perceber o outro, desenvolver intimidade, ligação e sentimento. E isso também pode ser feito sem sair, curtindo a casa, almoçando, vendo um filme ou brincando de bola no quintal. “Explorar a vida de outro ponto de vista carrega em si a oportunidade de curtir a alegria de estar junto. Quando isso estiver consolidado, os passeios serão apenas extensão de uma nova realidade já construída, e não apenas lazer”, diz a psicóloga Daniella F. de Faria.
PAI E FILHO JUNTOS.
- Os encontros devem acontecer com total naturalidade, inseridos no cotidiano e com atividades que combinem com a idade da criança;
- Fuja da armadilha de tentar viver coisas mirabolantes ou exageradas apenas para agradar a criança;
- Zoológico, teatros infantis, parques temáticos, cinemas, restaurantes, lanchonetes e shoppings são boas pedidas;
- Coisas simples, como brincar em casa explorando a criatividade e jogar bola no quintal, também costumam agradar;
- Aproveite cada momento para conhecer mais seu filho e demonstrar sentimentos.

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