FONTE: Ivan de Carvalho, TRIBUNA DA BAHIA.
Tumulto na área do governo. O governador adiou o anúncio, que seria hoje, dos novos secretários que assumirão em lugar dos que vão sair para se colocarem em condições legais de concorrer às eleições. As exonerações destes serão formalizadas amanhã para garantir que não fiquem impossibilitados de disputar o pleito de 3 de outubro.
Mas por que não serão anunciados hoje, mas em data ainda não marcada, os novos titulares das secretarias e de outros cargos da administração estadual, pelos quais poderão ficar respondendo interinos? Por uma razão óbvia, embora os detalhes não estejam, em boa parte, à vista: há um tumulto, uma tempestade, na base política do governo.
Se chegasse a ser um furacão – e é bom lembrar que algumas tempestades evoluem para furacões, sendo também verdadeira a recíproca –, seria possível dizer que o olho do furacão é precisamente a relação entre o ex-governador e conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Otto Alencar e o PP.
Lembrando: estava combinado sem contestações que Alencar deixaria o TCM e se filiaria ao PP, pelo qual seria candidato a uma das cadeiras de senador na chapa liderada pelo governador petista Jaques Wagner, candidato à reeleição. Mas Alencar foi surpreendido por problemas sérios de saúde que o convenceram da impossibilidade ou grande inconveniência de envolver-se numa agitadíssima candidatura ao Senado, ainda mais numa campanha eleitoral que se prenuncia como extremamente dura, corrida e de forte teor emocional, exigindo grande esforço físico e psíquico. E depois, vencendo, viriam as obrigações de um senador que representaria um Estado importante.
Otto Alencar chegou à conclusão que atualmente isso ultrapassava as cautelas para suas condições físicas e que, embora reconhecido lutador, ainda não tinha na fronte o selo de herói ou de mártir. Então foi convidado pelo governador para ser candidato a vice-governador, o que significaria uma campanha menos intensa e, se vencedor, um trabalho ameno. Aceitou. E acertou a indicação de um assessor para a vaga que deixaria aberta com sua saída do TCM, compromisso que, sem dúvida, quer honrar.
Aí o PP achou que era demais. Não tinha uma ligação precedente com Alencar, concordara numa boa, no bojo de uma negociação, com o ingresso do ex-governador em seus quadros para disputar um mandato de senador, o que daria muita visibilidade ao partido, mas vice-governador seria demais.
Vencendo Wagner e, presume-se, candidatando-se ao Senado em 2014, Alencar assumiria o governo como titular por nove meses, comandaria o processo eleitoral e, se a conjuntura e a vontade apontassem para a disputa de um mandato de governador de quatro anos, lá estaria ele.
O PP ouriçou-se todo. Reivindica a vaga de Otto Alencar no TCM para o deputado estadual e secretário da Agricultura Roberto Muniz (o que facilitaria a eleição de dois deputados do PP, que herdariam os votos de Muniz) e, alternativamente, sugere que o deputado federal João Leão entre na chapa majoritária disputando uma das cadeiras de senador, o que deslocaria alguém da chapa majoritária – o próprio Alencar, ou Lídice da Mata ou até mesmo o requestado senador César Borges. E aí já é outra tempestade.
É que não cabem cinco candidatos (Wagner, Alencar, Borges, Leão e Lídice da Mata) numa chapa de quatro.Como previmos ontem, esta é uma semana crítica, principalmente na área do governo.
Tumulto na área do governo. O governador adiou o anúncio, que seria hoje, dos novos secretários que assumirão em lugar dos que vão sair para se colocarem em condições legais de concorrer às eleições. As exonerações destes serão formalizadas amanhã para garantir que não fiquem impossibilitados de disputar o pleito de 3 de outubro.
Mas por que não serão anunciados hoje, mas em data ainda não marcada, os novos titulares das secretarias e de outros cargos da administração estadual, pelos quais poderão ficar respondendo interinos? Por uma razão óbvia, embora os detalhes não estejam, em boa parte, à vista: há um tumulto, uma tempestade, na base política do governo.
Se chegasse a ser um furacão – e é bom lembrar que algumas tempestades evoluem para furacões, sendo também verdadeira a recíproca –, seria possível dizer que o olho do furacão é precisamente a relação entre o ex-governador e conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Otto Alencar e o PP.
Lembrando: estava combinado sem contestações que Alencar deixaria o TCM e se filiaria ao PP, pelo qual seria candidato a uma das cadeiras de senador na chapa liderada pelo governador petista Jaques Wagner, candidato à reeleição. Mas Alencar foi surpreendido por problemas sérios de saúde que o convenceram da impossibilidade ou grande inconveniência de envolver-se numa agitadíssima candidatura ao Senado, ainda mais numa campanha eleitoral que se prenuncia como extremamente dura, corrida e de forte teor emocional, exigindo grande esforço físico e psíquico. E depois, vencendo, viriam as obrigações de um senador que representaria um Estado importante.
Otto Alencar chegou à conclusão que atualmente isso ultrapassava as cautelas para suas condições físicas e que, embora reconhecido lutador, ainda não tinha na fronte o selo de herói ou de mártir. Então foi convidado pelo governador para ser candidato a vice-governador, o que significaria uma campanha menos intensa e, se vencedor, um trabalho ameno. Aceitou. E acertou a indicação de um assessor para a vaga que deixaria aberta com sua saída do TCM, compromisso que, sem dúvida, quer honrar.
Aí o PP achou que era demais. Não tinha uma ligação precedente com Alencar, concordara numa boa, no bojo de uma negociação, com o ingresso do ex-governador em seus quadros para disputar um mandato de senador, o que daria muita visibilidade ao partido, mas vice-governador seria demais.
Vencendo Wagner e, presume-se, candidatando-se ao Senado em 2014, Alencar assumiria o governo como titular por nove meses, comandaria o processo eleitoral e, se a conjuntura e a vontade apontassem para a disputa de um mandato de governador de quatro anos, lá estaria ele.
O PP ouriçou-se todo. Reivindica a vaga de Otto Alencar no TCM para o deputado estadual e secretário da Agricultura Roberto Muniz (o que facilitaria a eleição de dois deputados do PP, que herdariam os votos de Muniz) e, alternativamente, sugere que o deputado federal João Leão entre na chapa majoritária disputando uma das cadeiras de senador, o que deslocaria alguém da chapa majoritária – o próprio Alencar, ou Lídice da Mata ou até mesmo o requestado senador César Borges. E aí já é outra tempestade.
É que não cabem cinco candidatos (Wagner, Alencar, Borges, Leão e Lídice da Mata) numa chapa de quatro.Como previmos ontem, esta é uma semana crítica, principalmente na área do governo.
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