FONTE: Ivan de Carvalho (TRIBUNA D BAHIA).
Bem, as convenções partidárias de junho são o foro para as decisões formais, legais, dos partidos e, consequentemente, dos candidatos às eleições de outubro para a presidência e vice-presidência da República, dois terços do Senado Federal, toda a Câmara dos Deputados, governadores e seus vices, Assembleias Legislativas e Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Pode ser que algumas candidaturas, aqui e ali, fiquem para ser decididas nessas convenções. Principalmente quando houver disputa partidária interna. Já aconteceu muitas vezes antes. Mas isto é a exceção. A regra geral é que as decisões sejam tomadas com bastante antecedência em relação a tais convenções, até para que os partidos e seus candidatos possam lançar-se sofregamente à fase das campanhas eleitorais que a Justiça Eleitoral insiste em chamar de “campanha antecipada” e a lei considera ilegal.
Ilegal e antecipada, mas ninguém segura. Se não funciona, ou se funciona tão mal a proibição, o melhor seria que mudassem a lei e fizessem com razoável justificativa o que muitos querem fazer criminosamente em relação ao aborto – liberar geral. Afinal, uma campanha mais longa poderia causar dificuldades maiores a candidatos com menos recursos financeiros, mas poderia também favorecer àqueles que conseguem votos no gogó ou, como o ex-presidente Jimmy Carter, no aperto de mãos.
E o debate político e eleitoral mais prolongado poderia ser didático no sentido da construção de uma sociedade democrática. Aliás, as limitações relacionadas à campanha eleitoral que existem hoje não existiam no Brasil anterior ao regime autoritário instaurado pelo movimento político-militar de 31 de março de 1964. Talvez a soma de duas décadas de autoritarismo ao vício brasileiro – herdado da antiga metrópole lusitana – da regulamentação de tudo nos “mínimos detalhes” seja responsável por essas campanhas eleitorais cada vez mais engessadas que a lei e as resoluções do TSE nos têm. Ou do exercício democrático que nos esteja tirando gradualmente.
Bem, voltando ao ponto de partida depois dessa viagem em que embarquei quase sem sentir, eis que agora é, pela regra geral, a hora das decisões. Esta promete ser, além de santa, uma semana para tomar decisões, como a que, na área governista, envolve o PP, e por em exposição outras já tomadas. O PSDB e o DEM vão a Guanambi anunciar uma delas.
Na terça-feira, dia 31, o governo substitui por novos titulares os integrantes de sua equipe que deixarão os cargos para poderem concorrer às eleições. No dia 3 de abril termina o prazo para desincompatibilizações, mas é um sábado e, além disso, tradicionalmente, os candidatos não confiam no último dia, por causa de eventuais imprevistos.
O dia 2 é a Sexta-feira Santa, dia em que Jesus foi crucificado. Os candidatos são muito piedosos, claro, mas a superstição tem sua força – talvez não julguem auspicioso (aquela palavra-chave da novela Caminho das Índias) o passo formal inicial para a candidatura nesse dia, temendo a crucificação eleitoral. Restaria o dia 1º de abril, mas quem é que, pretendendo a confiança popular, começaria a tentativa formal de conquistá-la no Dia da Mentira? Daí que o prazo para desincompatibilização tende a fixar-se naturalmente no dia 31, com ressalva para os teimosos demais e os inteligentes de menos.
Aliás, na sexta-feira, o ex-governador Otto Alencar confirmou que hoje mesmo deixa o cargo de conselheiro do TCM para concorrer a vice-governador. Podemos qualificá-lo entre os “mais inteligentes”. Saindo separadamente da desincompatibilização geral, seu ato ganha visibilidade.
Bem, as convenções partidárias de junho são o foro para as decisões formais, legais, dos partidos e, consequentemente, dos candidatos às eleições de outubro para a presidência e vice-presidência da República, dois terços do Senado Federal, toda a Câmara dos Deputados, governadores e seus vices, Assembleias Legislativas e Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Pode ser que algumas candidaturas, aqui e ali, fiquem para ser decididas nessas convenções. Principalmente quando houver disputa partidária interna. Já aconteceu muitas vezes antes. Mas isto é a exceção. A regra geral é que as decisões sejam tomadas com bastante antecedência em relação a tais convenções, até para que os partidos e seus candidatos possam lançar-se sofregamente à fase das campanhas eleitorais que a Justiça Eleitoral insiste em chamar de “campanha antecipada” e a lei considera ilegal.
Ilegal e antecipada, mas ninguém segura. Se não funciona, ou se funciona tão mal a proibição, o melhor seria que mudassem a lei e fizessem com razoável justificativa o que muitos querem fazer criminosamente em relação ao aborto – liberar geral. Afinal, uma campanha mais longa poderia causar dificuldades maiores a candidatos com menos recursos financeiros, mas poderia também favorecer àqueles que conseguem votos no gogó ou, como o ex-presidente Jimmy Carter, no aperto de mãos.
E o debate político e eleitoral mais prolongado poderia ser didático no sentido da construção de uma sociedade democrática. Aliás, as limitações relacionadas à campanha eleitoral que existem hoje não existiam no Brasil anterior ao regime autoritário instaurado pelo movimento político-militar de 31 de março de 1964. Talvez a soma de duas décadas de autoritarismo ao vício brasileiro – herdado da antiga metrópole lusitana – da regulamentação de tudo nos “mínimos detalhes” seja responsável por essas campanhas eleitorais cada vez mais engessadas que a lei e as resoluções do TSE nos têm. Ou do exercício democrático que nos esteja tirando gradualmente.
Bem, voltando ao ponto de partida depois dessa viagem em que embarquei quase sem sentir, eis que agora é, pela regra geral, a hora das decisões. Esta promete ser, além de santa, uma semana para tomar decisões, como a que, na área governista, envolve o PP, e por em exposição outras já tomadas. O PSDB e o DEM vão a Guanambi anunciar uma delas.
Na terça-feira, dia 31, o governo substitui por novos titulares os integrantes de sua equipe que deixarão os cargos para poderem concorrer às eleições. No dia 3 de abril termina o prazo para desincompatibilizações, mas é um sábado e, além disso, tradicionalmente, os candidatos não confiam no último dia, por causa de eventuais imprevistos.
O dia 2 é a Sexta-feira Santa, dia em que Jesus foi crucificado. Os candidatos são muito piedosos, claro, mas a superstição tem sua força – talvez não julguem auspicioso (aquela palavra-chave da novela Caminho das Índias) o passo formal inicial para a candidatura nesse dia, temendo a crucificação eleitoral. Restaria o dia 1º de abril, mas quem é que, pretendendo a confiança popular, começaria a tentativa formal de conquistá-la no Dia da Mentira? Daí que o prazo para desincompatibilização tende a fixar-se naturalmente no dia 31, com ressalva para os teimosos demais e os inteligentes de menos.
Aliás, na sexta-feira, o ex-governador Otto Alencar confirmou que hoje mesmo deixa o cargo de conselheiro do TCM para concorrer a vice-governador. Podemos qualificá-lo entre os “mais inteligentes”. Saindo separadamente da desincompatibilização geral, seu ato ganha visibilidade.
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