segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A MISÉRIA HUMANA...

O homem é habitualmente apontado como o rei da Criação.


Ele sobrepuja o restante dos habitantes do planeta.


Animais muito fortes e perigosos são domados e vencidos pelo engenho humano.


Inteligente e dotado de múltiplos talentos, o homem moderno constitui o ápice de uma longa jornada evolutiva.


Uma retrospectiva histórica revela o quanto a raça humana se aprimorou no curso dos séculos.


Doenças que no passado dizimaram populações inteiras, hoje não mais assustam.


Meios relativamente modernos de comunicação, como Rádio, TV e Internet, revolucionam os costumes.


Mas os recursos da modernidade são freqüentemente mal utilizados.


Na TV, preponderam programas com conteúdo vulgar e sensacionalista.


A violência e a sexualidade desregrada são endeusadas em filmes e novelas.


São freqüentes as notícias sobre corrupção e crueldades.


A rigor, permanece angustiante o estágio moral da Humanidade.


As enfermidades e as dores são inerentes à vida material.


Todo corpo humano mais cedo ou mais tarde se desgasta e se extingue.


A ciência avança e torna menos atrozes as dores, mas não logrará converter em imortal nenhum organismo material.


É compreensível a tristeza que suscita a morte de alguém querido.


Mas isso está de acordo com as leis da natureza e em geral não causa escândalo.


O que realmente gera tristeza são as crueldades e baixezas que os seres humanos freqüentemente se permitem.


Quem poderá aquilatar a desolação de um pai ao saber que seu filho tornou-se criminoso?


Assim, embora a evolução intelectual e científica dos últimos tempos, a Humanidade continua miserável em muitos aspectos.


A genuína nobreza é bastante rara.


Bondade, generosidade e pureza são características bem pouco usuais.


A ampla maioria dos homens chafurda em vícios e paixões.


Preocupados com seus gozos e interesses, pouco se importam com os estragos que causam na vida do próximo.


Não falta quem afirme que a raça humana desmente a bondade de Deus.


Se Deus é infinitamente bondoso, tudo pode e sabe, por que fez o homem tão miserável, sob o prisma moral?


Contudo, é preciso ter em mente que a Humanidade toda não se acha representada na Terra.


Não é possível aferir o caráter de um povo a partir da população de uma penitenciária.


A análise da saúde de uma comunidade também não pode ser aquilatada a partir dos internados em um hospital.


Quem fizesse tal análise, concluiria que todos os habitantes do país são doentes ou criminosos.


O mesmo ocorre quando se toma por padrão a conduta dos habitantes da Terra em relação à totalidade da Criação.


Os Espíritos ensinam serem infinitos os mundos habitados.


A Terra é dos mundos menos evoluídos e por isso constitui morada de seres moralmente atrasados.


Ela funciona à semelhança de um hospital e de um presídio e abriga Espíritos rebeldes e viciosos.


Os seres altamente moralizados que, por vezes, aqui aportam estão em missão, à semelhança de médicos em um hospital.


Quem consegue libertar-se de vícios e paixões e se acerta com as Leis Divinas segue para mundos de paz e regeneração.


Saiba que está em suas mãos conquistar sua libertação.


Dedique-se a domar seu egoísmo e suas paixões.


Experimente a ventura de agir com honestidade, pureza e bondade e incorpore esse modo de vida em seu caráter.


A Justiça Divina é infalível e logo o conduzirá a locais compatíveis com a sua realidade íntima.


Então, você mudará de idéia a respeito da miséria humana.


Compreenderá que ela é como uma enfermidade.


Causa algumas dores, mas passa, quando corajosamente combatida.


Redação do Momento Espírita.

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