segunda-feira, 9 de julho de 2012

BEBIDAS ALCOÓLICAS E ALIMENTOS GORDUROSOS CAUSAM REFLUXO...



FONTE: Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.

Azia, regurgitação de líquidos, náusea, perda de apetite, perda de peso. Esses são alguns dos sintomas da doença do refluxo.

Findas as festas juninas, atire a primeira pedra quem não exagerou no licor, no quentão, na canjica, nos bolos, nos ensopados gordurosos e, dias depois, não teve aquela sensação de ter brasas no estômago e na garganta.

A sensação é desagradável, mas é normal, pois, ao ingerir bebidas alcoólicas ou alimentos gordurosos, o estômago sofre um desequilíbrio na produção de ácidos e na ação do esfíncter (válvula que permite a entrada do alimento e impede a saída do bolo alimentar) que termina por voltar para o esôfago, causando refluxo.

Mas, atenção! Se a sensação de queimor ocorre mais de três vezes por semana e, junto com ela, houver dificuldade para engolir, emagrecimento, rouquidão, sangramento, cuidado! Os sintomas podem ser indício da Doença do Refluxo Gastro Esofágico (DRGE).

De acordo com o gastroenterologista Rodrigo Felipe, quando não tratada, a DRGE pode progredir, causando lesões no esôfago, laringe, faringe e boca.

“Esses danos podem progredir para um câncer, por isso, a prevenção é tão importante”, destaca o especialista, lembrando que, na maioria dos casos, quando o problema é descoberto, já há um quadro bem avançado da doença também conhecida como Esôfago de Barret.

Para evitar a doença do refluxo e suas complicações é preciso tomar cuidado com o estilo de vida e a dieta, que deve ser mais rica em fibras e muito mais pobre em gorduras. “Os cuidados são simples, mas envolvem evitar as comidas muito calóricas, o excesso de café, as bebidas alcoólicas, retirar aquele cochilo após o almoço e ficar longe dos líquidos durante as refeições”, ensina o especialista.

Vale ainda lembrar que a prevenção fica ainda mais efetiva quando se controla o excesso de peso e se pratica atividade física. Segundo o médico, o ideal é que qualquer pessoa, após os 50 anos, realize a colonoscopia preventivamente. “Qualquer alteração detectada nos exames deve ser investigada”, afirma o médico Rodrigo Felipe.

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