terça-feira, 3 de julho de 2012

CESARIANAS REPRESENTAM MAIS DA METADE DOS PARTOS NO BRASIL...



FONTE: Terra, TRIBUNA DA BAHIA.

A cesariana é a queridinha das mamães brasileiras. De acordo com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do Ministério da Saúde, em 2010 este tipo de parto representa 52% dos realizados nas maternidades públicas e privadas de todo o País. No total, foram cerca de 1,5 milhão de bebês nascidos por meio da cirurgia.

As mães que engravidam por meio de reprodução assistida também preferem a cesariana, afirma Edward Carrilho, ginecologista e especialista em reprodução humana da clínica Engravida, de São Paulo. "As pacientes têm uma tendência de achar que a cesariana é mais segura do que um parto normal. É uma supervalorização da criança que foi tão esperada", afirma o médico. No entanto, a gravidez obtida por meio de fertilização não implica em uma indicação obrigatória de parto cesáreo.

Ao contrário do que algumas gestantes podem pensar, o parto normal bem feito é tão seguro quanto uma cesariana e tem outras vantagens. A recuperação da mulher é muito mais simples e ela não precisa passar pela cirurgia, que é considerada de médio porte.

A aceitação do parto natural, no entanto, tem aumentado, segundo o médico. "O que eu observo é que cada vez mais as pacientes vêm buscando o parto normal", diz ele. "Hoje, uma mulher bem orientada prefere o parto normal. O corpo dela está preparado para isso, como o próprio nome diz, é o 'natural'", completa.

INDICAÇÕES MÉDICAS PARA CESARIANA.
O corpo da mulher foi feito para dar à luz naturalmente. No entanto, alguns acontecimentos externos podem fazer com que a indicação de parto mude. Para gestantes que já passaram por duas cesarianas, a indicação continua sendo a cirurgia, por conta do risco de haver um rompimento do útero no decorrer do parto.

Outras situações que são consideradas indicações médicas para parto cesáreo são: mulheres que passaram por cirurgia de mioma intramural (mioma localizado no músculo do útero); quando é o primeiro parto da paciente e a criança está sentada; casos de gravidez gemelar em que primeiro bebê está sentado e o segundo de cabeça para baixo; gravidez múltipla com mais de dois gêmeos; quando a criança é muito grande; e quando a mãe possui algum problema ósseo que influencia as vias do parto.

Segundo Edward, pré-eclampsia não é uma indicação de cesariana, mas em algumas situações a paciente precisa ser submetida à cirurgia. "Se você tem uma paciente com pressão alta que o colo do útero ainda está muito fechado e precisará ser induzida ao trabalho de parto, é melhor optar pela cesariana", aconselha. "Até fazer com que ela esteja pronta para o parto normal é perder muito tempo e colocar a vida do bebê e da mãe em risco", explica o especialista.

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