terça-feira, 3 de setembro de 2013

ESPECIALISTA RECOMENDA"CHECK-UP" MÉDICO MESMO ANTES DOS 18 ANOS...

FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.

A recomendação médica é de que o check-up, uma avaliação médica para a prevenção e o diagnóstico de doença, seja feito antes dos 18 anos, mesmo que o paciente não esteja sentindo nada, pois é uma forma de detectar algo, principalmente doenças ligadas ao coração, pois são consideradas pelos médicos como silenciosas: sem sintoma em algumas pessoas.
E não necessita de uma bateria de exame, apenas a medição da pressão arterial e uma avaliação da dosagem do colesterol, através do exame de sangue (hemograma), o que pode ser solicitado por um clínico geral.
De acordo com o médico, Júlio Braga, coordenador do Setor Cardiológico do Hospital Espanhol, trata-se de um exame preventivo que irá detectar se o paciente tem algum problema. “Deve ser feita uma avaliação do colesterol uma vez antes dos 18 anos e também da pressão arterial. Feito isto, a cada cinco anos deve-se dosar o colesterol e a pressão arterial uma vez por ano”, explicou.

O cardiologista adverte que esta periodicidade é para aqueles pacientes que não apresentam nada, mas mesmo assim devem fazer uma consulta por ano. Já para quem apresente alguma alteração no resultado do check-up “se recomenda fazer um eletrocardiograma e no caso do colesterol alto o médico deve solicitar outros exames”, afirmou Braga, acrescentando que neste caso a periodicidade dos exames será de acordo com a solicitação do profissional.

Para o especialista, o cuidado que as pessoas de todas as idades devem ter, independentemente se já foi confirmado ou não problemas cardiológicos, é basicamente manter uma alimentação saudável rica em frutas e verduras, sem gorduras, e a prática de exercícios constantemente. “O mais importante são os exercícios e a dieta”, aconselhou o cardiologista.

É considerado check-up  exames solicitados quando ainda não há manifestação de sintomas, justamente para prevenir o surgimento de doenças, mesmo sem a reclamação dos pacientes. No caso de doenças ligadas ao sexo do paciente, mulheres e homens, geralmente os exames são chamados preventivos, no caso da mulher para prevenção do câncer de mama, faz exame de mamografia (após quarenta anos, só no caso de quem tem pessoas com câncer na família pode ser feito antes), no caso do colo do útero, exame com aparelho chamado papanicolau (a partir dos 9 anos) e o homem para detectar câncer de próstata, faz exame de próstata (recomendado a partir dos 40 anos, menos para quem tenha hist
Exames investigativos para detectar câncer
Segundo o oncologista Fábio de Oliveira Ferreira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), mesmo sem o diagnóstico de câncer, mas se a pessoa estiver preocupada com a saúde, uma boa ideia é procurar um especialista para planejar uma investigação de rotina e sanar suas dúvidas.”Alguns dados clínicos são considerados na elaboração de um
programa de investigação com finalidade de check-up oncológico, isto é, realização de consulta e exames complementares em pessoas assintomáticas”, salientou.
Ferreira  assinala que quando há alguma queixa, a avaliação deixa de ter um caráter de avaliação preventiva e passa ter uma finalidade de esclarecimento diagnóstico. “Entre indivíduos assintomáticos, o check-up deve levar em conta
a idade, o sexo, a presença de casos de câncer na família e a idade em que o diagnóstico de câncer foi feito no familiar.Não faz sentido solicitar um grande número de exames de maneira indiscriminada para todas as pessoas, o que na maioria das vezes gera ansiedade sem trazer benefícios e pode até gerar uma falsa sensação de segurança”, afirmou.
O médico conta que é muito comum observar que alguns profissionais solicitam como exames de rotina, sem diagnóstico prévio de câncer, a dosagem de
substâncias sanguíneas conhecidas como “marcadores tumorais”. “Um resultado alterado não significa obrigatoriamente que o indivíduo tem câncer, pois essas substâncias podem estar aumentadas em inúmeras condições benignas”, explica.
Ele acrescenta que “o resultado alterado gera grande ansiedade e leva a uma investigação ampla através de outros exames que na maior parte das
vezes não traz benefício algum. Um resultado normal, por outro lado, traz a falsa sensação de que a pessoa está totalmente protegido, porém uma fração considerável de tumores não expressa tais substâncias e o resultado pode ser normal mesmo na vigência de câncer”, sinaliza.
Para o oncologista , “esse é um bom exemplo da prática errada quanto à solicitação de exames de maneira indiscriminada.Assim, na elaboração dos programas de check-up, deve haver racionalidade e a investigação deverá ser

feita com base no risco de desenvolver câncer nos diferentes momentos da vida”, pontuou.

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