FONTE: Folhapress, CORREIO DA BAHIA.
Pelo
decreto em vigor, a tabela com os novos valores para os impostos do setor de
bebidas seria estabelecida anualmente em outubro pelo governo.
O governo
decidiu deixar para 2014 o reajuste dos impostos que incidem sobre cervejas,
refrigerantes e águas. O aumento estava previsto para 1º de outubro, conforme
decreto publicado no ano passado e atualmente em vigor. Mas, após o apelo de
empresários, a aplicação dos novos valores foi protelada por pelo menos três
meses.
Com isso,
ficarão temporariamente congeladas as alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), PIS e Cofins para o setor de bebidas frias. Um novo decreto
terá de ser publicado nos próximos dias. A decisão foi comunicada a empresários
pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) na semana passada e confirmada hoje pelo
secretário-adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Nunes.
Durante o
encontro, o ministro ouviu dos fabricantes que o setor vem lidando com a queda
no volume de vendas de bebidas e que o reajuste deixaria a situação financeira
das empresas ainda mais complicada este ano. “O segundo semestre mostrou uma
situação bem mais dramática”, afirma Fernando Rodrigues de Bairros, presidente
da Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), que esteve
na reunião com Mantega.
“Não houve
migração do consumo, houve queda efetiva no volume. Por um lado, tem um pouco a
situação financeira do próprio consumidor e, por outro, temperaturas mais
amenas.” Uma nova reunião entre o setor e o governo foi marcada para a segunda
quinzena de novembro, quando a situação da indústria de bebidas será novamente
avaliada.
Pelo decreto em
vigor, a tabela com os novos valores para os impostos do setor de bebidas seria
estabelecida anualmente em outubro pelo governo. A regra, contudo, não resistiu
ao primeiro ano.
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