FONTE: Mariana Bueno (www.bolsademulher.com)
Dica é optar por alimentos leves, como proteínas e saladas.
Manter uma dieta equilibrada
durante o dia não adianta nada se, quando a noite chegar, você não resistir
àquela escapadinha para beliscar algo. Caso o desejo seja por um prato mais
pesado, o ideal é comer até as 20h no máximo, especialmente no caso dos carboidratos,
e esperar pelo menos duas horas para se deitar. Depois desse horário, são
recomendáveis apenas as proteínas (carne magra, ovos), saladas, e os alimentos
que promovem o relaxamento do corpo, como maçã, alface, pepino, maracujá e
determinadas ervas, como, a camomila e a cidreira. Ou, ainda os alimentos, como
a banana, que são ricos em triptofano, que faz parte do processo de formação da
melatonina, o hormônio responsável pelo sono. “Quando dormimos, o organismo tem
tempo para o reparo. Ou seja, conserta os estragos do dia. Quando comemos uma
refeição complexa (combinações de alimentos e carboidratos), o organismo vai
digerir ao invés de realizar o restabelecimento necessário que o corpo precisa.
Dá para se dizer que quando comemos a noite engordamos e envelhecemos”, afirma
a médica nutróloga Paula Cabral, da Clínica Hagla.
Ela explica que à noite
geralmente não se não gasta a mesma quantidade de calorias que durante o dia e
o ritmo do metabolismo é mais lento. Por isso o processo é bem mais demorado e
acaba sendo prejudicial. A dica é tentar não comer demais e dormir em seguida
porque pode ter azia, má digestão e ainda engordar.
Segundo ela, o ideal é adotar uma
dieta balanceada e saudável, evitando comer muito antes de se deitar, sobretudo
os alimentos refinados, como arroz branco, farinhas brancas e pão branco, que
também podem influenciar na má qualidade do sono por causa da sua alta
absorção. “Esses alimentos provocam o aumento dos níveis de insulina e, assim,
acionam o metabolismo. Logo, quanto maior for a refeição à noite, maior será o
tempo de latência ao sono, pois a metabolização dos alimentos precisará ser
mais longa devido à dificuldade de digestão. Isso ajuda a engordar, porque à
noite ou dormimos ou iremos digerir”, afirma.
Muitas pessoas parecem sentir
mais fome à noite do que durante o dia. De acordo com a médica nutróloga, o que
ocorre, na realidade, não é fome, é uma zona de conforto. “Muitas vezes, no
estresse do dia a dia, o ato de comer significa recompensa. Se a pessoa assume
mais compromissos que consegue realizar, vai se sentir exausta e sem o
sentimento de conclusão, por isso a comida é tão importante para ela, é a
sensação de felicidade”, afirma. Estar num momento mais relaxado, vendo TV, ou
outras atividades também faz com que se coma mais, porque não se percebe a
quantidade de comida ingerida. “Como a pessoa está mais relaxada e
despreocupada, acaba se permitindo involuntariamente a ficar mais tolerante e
distraída. É preciso ter cuidado para que isso não se torne um hábito e, pior,
uma compulsão que mascare até uma ansiedade e fuga dos problemas cotidianos”.
Mas se a pessoa acorda no meio da madrugada com fome, o problema pode
ser mais grave. “A pessoa acorda de madrugada porque não está conseguindo
relaxar por completo. A compulsão está ligada a situações que não se consegue
resolver ou não pode controlar. A solução é mudar de rota, pois talvez este
caminho não seja o adequado. A compulsão não é um problema de comida. É um
problema na forma de enxergar os fatos. É necessário buscar orientação de um
médico especialista se o problema persistir”, diz.
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