FONTE: Silvana Blesa, TRIBUNA DA BAHIA.
A contadora Ana Lícia Liberato,
36 anos, pesava 113 quilos e depois de tentar vários tipos de dietas, recorreu a
um método mais rígido que retira todo o carboidrato da alimentação e conseguiu perder 40 quilos em quatro meses. “Ainda preciso perder oito
quilos para ficar com 65. Tenho um metro e sessenta de altura e passei toda a
minha vida gorda. Hoje, já estou usando calça 42, antes, só podia usar
vestidos, pois não encontrava roupas jeans para o meu tamanho”.
Lícia também ressaltou que a
dieta é muito rigorosa, mas foi à única que
surtiu efeito, pois conseguiu emagrecer muito, em
pouco tempo. “Eu estou me sentido viva. Por onde ando, percebo o olhar das pessoas
e os votos de confiança e motivação que tenho para continuar mantendo e evitar
engordar de novo. O ritmo agora da dieta está mais devagar, pois já consegui um
bom resultado. Só quero emagrecer mais um pouquinho para ficar com crédito. É
bom olhar no espelho e sentir bonita. É muito melhor ainda, olhar aquela roupa
da vitrine de uma loja e experimentar e ver que também posso ter aquele corpo”,
brincou Lícia.
Porém, o método recorrido por Ana
Lícia para emagrecer, não é aconselhado pelos especialistas, uma vez que, a
eliminação de carboidratos vem sendo cada vez mais adotadas por quem deseja
perder alguns quilinhos com rapidez. Mas engana-se quem pensa que essa é a
melhor solução para emagrecer. Com a ausência do carboidrato, o corpo utiliza
as proteínas como fontes de energia e um pequeno percentual de gordura, o que
pode aumentar o risco da pessoa desenvolver doenças cardiovasculares e
diabetes, além de promover vários efeitos colaterais como mau hálito, tontura,
cansaço, fraqueza, perda na memória, e, quando a dieta é longa, perda de massa
magra de forma considerável.
Segundo o médico dermatologista com prática
em oxidologia Amilton Macedo, uma dieta sem carboidratos, somente com
proteínas, pode favorecer a perda rápida de peso enganoso, pois diminuindo o
percentual de massa magra (músculo), pesa-se menos, porém não significa ter
perdido gordura adequadamente e, em longo prazo, as pessoas voltam ao peso
anterior ou até acima. “Os carboidratos são indispensáveis para manter a saúde,
pois são fontes importantes de energia. Ninguém aguenta comer somente proteína
e gordura por muito tempo”.
Além disso, conforme o
médico, a pessoa perde massa muscular e ganha flacidez e aumenta o percentual
de gordura
corporal. “Costumo dizer que é comum termos
magros “gordos”, explica. Uma dieta ruim pode causar problemas de pele,
capilar, estomacais e até intestinais. No caso da dieta sem carboidratos, para
produzir energia necessária para o dia a dia o organismo utiliza a reserva de
glicose armazenada no fígado e nos músculos e, depois, a gordura do corpo.
“Após o organismo utilizar a gordura do
corpo para obter energia, substâncias são liberadas na corrente sanguínea, que
exigem maior ingestão de líquidos para serem eliminadas pelos rins. O fígado
começa a trabalhar mais por sentir falta de glicose. Todo esse processo induz a
perda de peso rápida, o que não tem haver com percentual de gordura, e a pessoa
também pode se sentir fraca, com raciocínio lento e mau humorada por não
ter energia adequada”, esclarece o especialista.
Quem sonha em perder alguns quilinhos e
ficar com o corpo em forma deve ficar atento à alimentação: não adianta apenas
cortar carboidratos do prato. A fórmula pode até emagrecer, mas a falta de
proteínas boas e carboidratos na dieta podem roubar os músculos do corpo. “As
proteínas e carboidratos são necessárias para o funcionamento correto do corpo.
As principais fontes de proteínas em alimentos são carnes, ovos, laticínios e
leguminosas. Enquanto os carboidratos são pão, feijão, lentinha, farinha e
arroz, por exemplo. Caso esses alimentos sejam restringidos na alimentação, o corpo
não terá energia suficiente. Quem deseja emagrecer corretamente e de forma
saudável, deve procurar um especialista para indicar a melhor dieta a ser
seguida”, afirmou o médico.
Para emagrecer é preciso se alimentar bem. O
prato de todas as refeições deve ter carboidratos, proteínas, verduras e
legumes. “Esses alimentos compõem pratos coloridos e apetitosos, além de suprir
as necessidades que o corpo precisa de carboidratos, proteínas magras e
vitaminas”, destacou Macedo.
Carboidratos.
Pão integral, quatro colheres de sopa de arroz e macarrão, de preferência também integrais.
Pão integral, quatro colheres de sopa de arroz e macarrão, de preferência também integrais.
Por que eles são
importantes?
Produzem energia e funcionam como motor do corpo. São responsáveis por nossa disposição para o trabalho, estudo e lazer.
Produzem energia e funcionam como motor do corpo. São responsáveis por nossa disposição para o trabalho, estudo e lazer.
Proteínas.
Leite (dê preferência ao desnatado), carne assada ou grelhada e ovo cozido.
Leite (dê preferência ao desnatado), carne assada ou grelhada e ovo cozido.
Por que elas são
importantes?
São alimentos essenciais para o crescimento e reparação, funcionamento e estrutura de todas as células vivas. Além disso, ajudam no crescimento do músculo.
São alimentos essenciais para o crescimento e reparação, funcionamento e estrutura de todas as células vivas. Além disso, ajudam no crescimento do músculo.
Legumes.
Cenoura ralada, beterraba crua ralada e brócolis cozido.
Cenoura ralada, beterraba crua ralada e brócolis cozido.
Por que eles são
importantes?
Ricos em minerais e vitaminas. O cálcio, por exemplo, ajuda na formação dos ossos. Já a vitamina A é importante para o bom funcionamento da visão e boa qualidade da pele.
Ricos em minerais e vitaminas. O cálcio, por exemplo, ajuda na formação dos ossos. Já a vitamina A é importante para o bom funcionamento da visão e boa qualidade da pele.
Verdura.
Alface, tomate e acelga.
Alface, tomate e acelga.
Por que eles são
importantes?
Ajudam no funcionamento do intestino e reduzem a absorção do colesterol e glicose no organismo.
Ajudam no funcionamento do intestino e reduzem a absorção do colesterol e glicose no organismo.
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