FONTE: Naira Sodré, TRIBUNA DA BAHIA.
O mau hálito ou halitose
não é uma doença e sim, um sinal ou sintoma de que algo no organismo está
em desequilíbrio, que deve ser identificado e tratado. Para chamar a atenção
sobre este problema bucal, foi instituído o dia 22 de setembro como Dia Nacional
de Combate a Halitose. O nome Halitose, é o termo médico usado para
designar o mau hálito. Deriva do latim ”Halitus” que
significa ar expirado.
O mau hálito é um problema de
saúde, um problema social, cada vez mais frequente e atingindo mais e
mais, sobretudo a população de adultos. Um mal que atinge o bom convívio
social, profissional, relacionamentos, constrangimentos de toda ordem. “E não
sabemos como avisar a pessoa que tem o problema”, ressalta
Ana Kolbe, Odontóloga, renomada pesquisadora do assunto há mais de 20
anos, com prêmios nacionais e internacionais, fundadora da Associação Bahiana
de Odores da Boca, cujo endereço eletrônico é: (http://www.asbob.com.br), instituição criada para orientar, pesquisar, assistir e
que pouca gente sabe disso; por isso muita gente carente deixa de ser beneficiada. Segundo a
odontóloga Ana Kolbe, a estatística nacional sobre o assunto
assusta. O Mal hálito é um mal social que cresce, no entanto tem cura.
Ainda segundo a Dra. Kolbe, a
melhor forma de prevenção e de
tratamento da saúde bucal “é não descuidar da boa higiene bucal, desde cedo.
Procure ajuda”, orienta. As causas da halitose conhecidas são mais de
60 e as bucais correspondem a mais de 90% dos casos. Dentre as causas mais
importantes e comuns originadas na cavidade bucal, temos a saburra
lingual e as doenças da gengiva (gengivite e periodontite).
Nas causas do mau hálito
originado nas vias aéreas superiores, os principais responsáveis são os
cáseos amigdalianos e de origem sistêmica ou metabólica, temos o jejum
prolongado, a ingestão de alimentos odoríferos (capazes de alterar o
hálito), o diabetes não compensado, a hipoglicemia e as alterações hepáticas,
renais e intestinais como causas principais, mas que correspondem somente
a uma porcentagem muito pequena dos casos.
A crença de que o estômago provoca o mau
hálito é o maior mito na área de saúde da atualidade, que graças aos
esforços da Associação Brasileira da Halitose (ABHA) e de seus
associados, vem sendo desmistificada. A saburra lingual, as doenças
da gengiva (gengivite e periodontite) e as amígdalites, são os principais
responsáveis e estão presentes em quase 100 % dos casos de alterações do
hálito de origem bucal, pois embora estes últimos sejam uma causa de halitose
de origem nas vias aéreas superiores, a alteração no odor do hálito se
manifesta através do ar expirado pela boca, pois as amígdalas se localizam à
porta da cavidade bucal, na orofaringe.
As doenças da gengiva bem como
várias outras causas de alteração do hálito de origem bucal (dentes
semi-inclusos, excessos de tecido gengival, feridas cirúrgicas, cáries abertas
e extensas, próteses mal adaptadas, abscessos, estomatites, miíase, cistos dentígeros
e câncer bucal) podem ser facilmente identificadas e tratadas (ou encaminhadas
para tratamento) por um Cirurgião Dentista experiente.
A saburra lingual, é uma placa
bacteriana esbranquiçada ou amarelada localizada no dorso posterior (fundo) da
língua, que se forma basicamente quando estamos frente a uma diminuição da
produção de saliva ou de uma descamação epitelial (minúsculos pedacinhos de
pele que se desprendem dos lábios e bochechas) acima dos limites normais (ou
fisiológicos) ou ainda, em ambas as situações.
Os cáseos amigdalianos são como
”massinhas” que se formam em pequenas cavidades existentes nas amígdalas
(criptas amigdalianas). A composição do cáseos amigdalianos é similar
à da saburra lingual, e são formados pelo mesmo mecanismo, ou seja,
descamação epitelial e/ou redução do fluxo salivar.
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