segunda-feira, 2 de setembro de 2013

SUA DOR DE DENTE PODE SER ALGO PIOR...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
   Difícil de diagnosticar e com nome complicado: Neuralgia do Trigêmeo. Apesar de pouco conhecida, esta doença é responsável por provocar uma das dores mais profundas que existem.
Imagine uma dor de dente bem intensa que ao invés de acometer apenas a região do dente atinge toda a região do rosto. Súbita e de forte intensidade é comparada a um choque elétrico. Ou seja, dói mesmo. Muito.


O neurocirurgião do Grupo de Dor do Hospital Villa-Lobos, Joel Augusto Ribeiro Teixeira explica que não se sabe exatamente a causa do distúrbio. "A causa mais provável é uma compressão do nervo trigêmeo, que fica no tronco cerebral, se divide em três e vai inervar toda a região da face do rosto", diz.

O nome - Neuralgia do Trigêmeo - deve-se à localização: a dor vem do nervo trigêmeo que possui três ramos distribuídos na região dos olhos, maxilar e mandíbula e que é responsável pela sensibilidade da face. O distúrbio acomete 1 em cada 15 mil pessoas e tem origem neurológica. Apesar de apresentar-se como espasmos agudos que duram pouco tempo, a dor pode se tornar constante caso não seja diagnosticada corretamente.

Uma vez descoberto o distúrbio, o médico pode indicar um tratamento medicamentoso de início. "São utilizados alguns analgésicos específicos. Não é qualquer analgésico. São remédios que atuam especificamente no trigêmeo", detalha o especialista. Caso os remédios não deem resultado, são adotados procedimentos cirúrgicos, o principal deles é a Rizotomia do Trigêmeo por Radiofrequência: nele os médicos inativam parcialmente o nervo com uma tecnologia específica. "Este é o tratamento mais usado", conta Teixeira.

Por acometer a região da face, principalmente um lado do rosto, a Neuralgia do Trigêmeo pode ser confundida com uma dor de dente, de acordo com o médico. "A pessoa pode ter todos os dentes extraídos achando que é o dente o responsável pela dor. Se o dentista não entende o que está acontecendo pode cometer um engano", explica. Exames de sangue e ressonância magnética podem não acusar alterações. O principal meio de diagnóstico é o histórico da doença e o exame clínico. 

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