FONTE:
TRIBUNA DA BAHIA.

De manhã, a fertilidade está na boca. Essa frase
resume bem um estudo publicado por
pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Universidade de Tel
Aviv no jornal Clinical Science.
Para os cientistas envolvidos nessa
pesquisa, caprichar num café da manhã bem saudável – e limitar as calorias
ingeridas no jantar – contribui no combate contra a infertilidade,
principalmente em relação a mulheres que sofrem da
síndrome de ovários policísticos.
De acordo com o professor Oren Froy, que
liderou um estudo de doze semanas envolvendo 60 mulheres não-obesas com idade
entre 25 e 39 anos, concentrar calorias diárias no café da manhã reduz os
níveis de glicose e melhora os índices de sensibilidade à insulina – problema
recorrente em que tem ovários policísticos.
Não só isso: a taxa de ovulação tem um aumento
significativo. Em resumo, não só a quantidade de calorias consumidas
diariamente é importante, como também deve ser levado em conta o período do dia
em que essas calorias são ingeridas.
Na opinião do especialista em Medicina
Reprodutiva Assumpto Iaconelli Junior, diretor do Grupo Fertility, o excesso de
gordura afeta a ovulação por conta da sensibilidade à insulina, do excesso de
hormônio masculino e excesso de leptina – que é um hormônio proteico
específico, produzido e secretado pelo tecido adiposo.
Ou seja, a obesidade pode dificultar a
gravidez e afeta a saúde reprodutiva principalmente nos primeiros estágios da
gestação – aumentando as chances de aborto. “Uma adequação da dieta e a prática
regular de exercícios físicos podem contribuir muito para se atingir o objetivo
da maternidade”.
Uma das primeiras mudanças no estilo de vida
indicadas para o casal que está encontrando dificuldade para engravidar é
justamente adotar hábitos alimentares mais saudáveis.
“Pacientes com índice de massa corporal igual
ou superior a 30 são normalmente encaminhados para uma nutricionista
especializada. O objetivo é que a dieta de perda de peso possa não só melhorar
os índices gerais de saúde dos pacientes, mas também contribuir para aumentar a
fertilidade do casal”, afirma o médico.
Iaconelli também participou de estudos que
mostram que pessoas que reduziram o consumo de massas, doces, frituras, carnes
vermelhas e bebidas alcoólicas durante o tratamento de fertilização assistida
duplicaram suas chances de engravidar.
Em contrapartida, mulheres obcecadas com o
peso e que fazem todo tipo de dieta também são orientadas a adotar uma
alimentação saudável para elevar as chances de ter um bebê. Um IMC saudável
varia entre 19 e 25 – sendo que as refeições devem conter mais legumes,
verduras, frutas e grãos, e menos carnes vermelhas, sal e açúcar.
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