FONTE: DA REUTERS (www1.folha.uol.com.br).
Mais de 3 milhões de
pessoas morreram em decorrência do consumo de álcool em 2012, por causas que
variaram desde câncer até a violência, informou nesta segunda-feira, 12, a
Organização Mundial da Saúde (OMS), fazendo um pedido para que governos façam
mais esforços para limitar esses danos.
"Mais precisa ser
feito para proteger populações das consequências negativas à saúde por conta do
consumo de álcool", disse Oleg Chestnov, um especialista da OMS em doenças
crônicas e saúde mental. Para ele "não há espaço para complacência".
Chestnov alertou que
beber demais mata mais homens do que mulheres, eleva o risco de desenvolver
mais de 200 doenças, e ocasionou a morte de 3,3 milhões de pessoas em 2012.
Em média, segundo
relatório da OMS, cada pessoa no mundo com 15 anos ou mais bebe 6,2 litros de
álcool puro por ano. Mas menos de metade da população - 38,3 por cento - bebe,
ou seja, aqueles que de fato bebem consomem uma média de 17 litros de álcool
puro por ano.
"Descobrimos que,
mundialmente, 16 por cento daqueles que bebem participam de episódios de
consumo pesado, que são o mais danosos à saúde", afirmou Shekhar Saxena,
diretor de saúde mental e abuso de substâncias da OMS.
Pessoas mais pobres são
geralmente as mais afetadas pelas consequências sociais e à saúde ocasionadas
pelo uso do álcool, disse ele. "Elas frequentemente carecem de cuidados à
saúde de qualidade e são menos protegidas por redes funcionais de família e
comunidade".
O relatório global
sobre álcool e saúde cobriu 194 países e observou o consumo de álcool, seus
impactos na saúde pública e repostas de políticas de combate.
O estudo descobriu que
alguns países estão reforçando suas medidas para proteger as pessoas do consumo
exagerado. Elas incluem o aumento de impostos sobre o álcool, a limitação da
disponibilidade do produto por meio da imposição de limites de idade e a
regulamentação da divulgação.
Globalmente, a Europa
tem o maior consumo de álcool por pessoa. A OMS disse que a análises de
tendências globais mostra que o consumo tem sido estável nos últimos cinco anos
na Europa, na África e nas Américas. Mas tem crescido no Sudeste Asiático e na
região ocidental do Pacífico.
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