FONTE: TRIBUNA DA
BAHIA.
Os medicamentos genéricos, que
completam 15 anos no Brasil em 2014, embora
tenham alcançado 27,5% de participação de mercado e já representarem 85% dos
produtos dispensados pelo Programa Farmácia Popular, ainda enfrentam o desafio
de conquistar mais espaço em alguns dos estados mais pobres da federação.
Estudo da Associação Brasileira das Indústrias
de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, avaliou a participação de mercado
destes medicamentos por regiões e estados. Os dados foram extraídos de
levantamento do IMS Health, instituto que audita o mercado farmacêutico no
Brasil e no mundo.
As regiões Norte e Centro Oeste são as que apresentam a menor presença
do medicamento no País: 18,48% e 23,31%, respectivamente. Na região Nordeste a
presença do genérico é de 24,08%. No Sul, fica um pouco abaixo da média
nacional, com 28,09%. A região Sudeste é a única com presença acima da média:
29,72%.
“Esses números mostram que precisamos
continuar lutando para aumentar o acesso dos genéricos
às populações menos assistidas. Os genéricos hoje já cumprem um papel
fundamental para o país, mas precisamos avançar ainda mais.”, explica Telma
Salles, presidente da PróGenéricos (Associação Brasileira das Indústrias de
Medicamentos Genéricos).
Para a PróGenéricos, a baixa
participação de mercado dos genéricos em algumas região significam um cenário
bastante adverso, do ponto de vista da saúde pública. “Ou as pessoas não
conseguem adquirir os medicamentos
que necessitam ou estão se medicando de forma incorreta”, diz Salles.
A executiva ressalta que somente os genéricos possuem o atributo da
intercambialidade, ou seja, podem substituir os produtos de marca nas receitas.
“A venda de outro medicamento que não for o genérico na substituição do produto
de marca na receita, é ilegal”, acrescenta.
Norte - Na região Norte, o
estado de Roraima é o que apresenta a menor participação de mercado de
genéricos. Trata-se, ainda, da menor participação da categoria de medicamentos
em todo país, 10,46%. O estado da Amazônia vem na sequencia, com 14,33% de
share, seguido do Acre, com 16,6%. É no Amapá que os genéricos registram
participação de mercado bem próxima à média nacional: 28,1%.
RR
|
10,46%
|
AM
|
14,23%
|
RO
|
15,68%
|
AC
|
16,6%
|
TO
|
18,84%
|
PA
|
25,29%
|
AP
|
28,15%
|
Centro Oeste - O Distrito Federal é
a unidade federativa em que o genérico detém a menor participação de mercado na
região Centro Oeste, 19,32%. Goiás, pro sua vez,onde fica o polo industrial
farmacêutico de Anápolis, que concentra várias industrias especializadas em genéricos,
concentra a maior participação de mercado: 26,96%.
DF
|
19,32%
|
MT
|
21,31%
|
MS
|
25,68%
|
GO
|
26,96%
|
Nordeste - No Nordeste, o
Maranhão, um dos estados mais pobres do país, é o que o genérico registra menos
participação de mercado: 17,92%. Os estados vizinhos, Paraíba e Pernambuco,
registram as maiores participações, por sua vez: 29,15% e 28,92%,
respectivamente. São os únicos estados da região em que os genéricos apresentam
participação de mercado acima da média nacional.
MA
|
17,92%
|
PI
|
19,17%
|
SE
|
21,09%
|
CE
|
22,15%
|
BA
|
23,93%
|
AL
|
26,72%
|
PE
|
28,92%
|
PB
|
29,15%
|
Sudeste - O estado de Minas
Gerais é, entre todos os estados brasileiros, o que os genéricos apresentam
maior participação de mercado: 34,76%. Minas é seguida pelo Rio de Janeiro,
28,29% e Espirito Santo, 28%. Em São Paulo, o share dos genéricos é o menor da
região: 27,86%.
SP
|
27,86%
|
ES
|
28,00%
|
RJ
|
28,29 %
|
MG
|
34,76%
|
O peso de cada estado.
Com crescimento de 15,2% na vendas acumuladas entre março de 2013 e
março de 2014 em unidades, a partir da comercialização de 806,5 milhões de
unidades no período, os genéricos movimentaram US$ 6,3 bilhões em vendas,
Independente do market share registrado em cada estado, o volume total
de medicamentos comercializado é determinante para se compreender a importância
de cada unidade federativa para o desempenho do setor.
Embora São Paulo tenha apresentado participação de mercado inferior aos
pares, da região sudeste, o mercado paulista concentra 29, 67% das vendas do
segmento.
Minas, que apresentou o Market shares regional mais alto do país,
responde por 15,16% das vendas do setor, seguido por Rio de Janeiro, com
13,29%.
No Amapá, em que o share atingiu a marca de 28,15%, portanto, acima da
média nacional significa, em volume, apenas 0,19% das vendas.
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