FONTE:
, (www.webrun.com.br).
Diabetes tipo 2 e síndrome
metabólica também poderiam estar relacionados ao seu consumo
Um estudo
recente da Universidade de Purdue, Indiana (EUA) e divulgado na revista “Trends
in Endocrinology & Metabolism”, descobriu que o adoçante pode estar
diretamente ligado a casos de obesidade.
De acordo com a pesquisa, ao ingerir altas doses deste
produto, o cérebro entende que há doce entrando no organismo e, o fato de os
produtos adoçados não provocarem queima de calorias, faz o corpo ativar o
mecanismo de conservação de energia - o que influencia no ganho de peso.
Sacarina, aspartarme e sucralose presentes no produto
também podem ter efeitos nocivos.
Então é melhor usar o açúcar?
Segundo a nutricionista Marina Favalli Branco, docente da
disciplina de Terapia Nutricional da UnG, isto ainda não torna o açúcar a
melhor opção, já que há estudos fundamentados que relacionam o seu consumo com
o desencadeamento de obesidade, resistência insulínica e diabetes.
Em contrapartida, outros estudos indicam os benefícios do
uso de adoçantes no controle do peso, o que faz com que a pesquisa deva ser
vista com cautela, uma vez que ainda não foi reproduzida em humanos e seus
dados são inconsistentes para se aplicar à população.
O adoçante no nosso corpo.
Marina Favalli explica que uma das hipóteses da pesquisa
aponta para a falta de estimulação da fase cefálica da digestão, antes do
alimento chegar ao estômago, sendo um fator de risco para a obesidade.
Outro fator seria o de que os adoçantes diminuem a
sensibilidade, a insulina e ainda favorecem o depósito de gordura no corpo,
dificultando a quebra do mesmo.
Além disso, eles teriam menor poder de saciedade,
aumentando o consumo energético. Segundo o nutricionista Danilo Balu (USP)
ratos alimentados com bebidas adocicadas artificialmente começam a comer mais
por ingerir menos calorias.
Qual a melhor opção para adoçar as bebidas?
“A melhor alternativa seria não utilizar nem o açúcar e
nem o adoçante, o que é bem difícil, já que o nosso paladar dificilmente se
adapta a falta do sabor doce, pelo próprio hábito criado desde a infância”,
explica Marina.
Açúcar mascavo.
Por não passar pela etapa de refinamento, ele conserva o
cálcio, o ferro e os sais minerais. Mas não se engane: de acordo com Danilo
Balu, o açúcar mascavo não é uma boa opção, pois “ao contrário do divulgado, a
quantidade de vitaminas é muito baixa para ser levada em consideração”.
Mel.
Segundo Marina, o mel é uma boa opção. "Porém
apresenta um poder edulcorante menor, então para adoçar uma bebida é necessário
usá-lo em maior quantidade, representando um alto consumo calórico".
Conclusões.
Reduzir a quantidade de açúcar ou adoçante aos poucos é
uma boa alternativa para quem deseja parar de consumir estas substâncias.
Enquanto isso, “a melhor opção é sempre o bom senso,
tanto no uso de adoçante, quanto no de açúcar, já que o excesso de qualquer um
deles pode ser prejudicial”, finaliza Marina Favalli.
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