A infecção urinária é conhecida
por vários sintomas: dor ao urinar, ir ao banheiro várias vezes e com pouco
volume de urina, cheiro desagradável e incômodo na região da bexiga. E ela pode
acabar voltando até duas vezes por ano, número em que ainda não é considerada
de repetição. Mas, se ultrapassar a quantidade, é melhor ficar atenta. Quando a
infecção urinária acontece na bexiga ela também é conhecida como cistite.
A
cistite é bastante desconfortável, mas sem consequências maiores. O problema é
que a infecção urinária, principalmente por repetidas vezes, pode ganhar acesso
ao rim e levar a um quadro clínico muito mais sério. “As cistites causam
desconforto, dor e até sangramentos, mas não febre. A infecção do rim –
pielonefrite – causa altas temperaturas e prostração”, conta Wladmir Alfer,
urologista do Hospital Albert Einstein.
Principais causas da
infecção urinária de repetição.
O
urologista explica que algumas mulheres são mais suscetíveis e costumam ter
mais cistites. “Normalmente existem bactérias na vagina que, pela anatomia
feminina, com uma uretra (canal que sai da bexiga) curta, ganham acesso
facilmente até a bexiga. Urinar promove uma lavagem mecânica da bexiga,
importante mecanismo de defesa”, explica. Isso significa que se você passa
grandes períodos sem ir ao banheiro, está facilitando uma infecção urinária “A
repetição pode facilitar bexiga crônica e dificuldade com o uso indevido e
crônico de antibióticos”, diz Carlos Del Roy, coordenador da área de
ginecologia do Hospital Sepaco.
“A
bactéria mais comum é a Escherichia Coli, presente normalmente na vagina. Em
algumas mulheres, a defesa da mucosa (revestimento) da bexiga para a presença
da bactéria é menor e estas mulheres acabam tendo mais infecções”, explica
Wladmir Alfer. Outras causas de infecções urinárias frequentes podem ser diabetes e doenças crônicas, como reumatismo e lúpus.
Como prevenir?
As
dicas podem parecer simples, mas eficazes para evitar a proliferação de
bactérias. Confira as dicas do urologista Wladmir Alfer e do ginecologista
Carlos Del Roy:
·
Manter grande ingestão de líquidos e urinar pelo menos a cada 3
horas.
·
Higiene íntima em excesso pode desequilibrar a flora bacteriana
vaginal. “O uso de antibióticos por longo período, além da higiene em excesso,
podem fazer com que as formas mais agressivas das bactérias predominem,
aumentando a chance de infecções”, explica o urologista.
·
Mantenha adequado o funcionamento do trato digestivo.
·
Use calcinhas de algodão e evite usar calças justas, como o
jeans.
·
Urinar após a relação sexual diminui a chance de cistite
decorrente do ato.
·
Usar sempre preservativo nas relações. ”Principalmente quando
não conhecer o parceiro, é importante urinar após o coito”, ressalta o ginecologista.
Como identificar?
As
cistites mais leves são tratadas e curadas mais rapidamente, detectadas por
sedimento urinário e cultura de urina, que identificam a infecção e o organismo
que causou o problema. “Normalmente o tratamento é feito com remédio e, caso
volte, é necessário procurar o médico novamente para nova avaliação”, explica o
ginecologista.
No
caso de mulheres na menopausa e com bacteriúria assintomática,
a presença de bactérias em exames de urina não apresentam sintomas e devem
seguir as orientações dos médicos: muitas vezes, podem durar por dias sem
causar nenhum desconforto.
Alimentos naturais para combater infecção urinária.
A
dica do urologista Wladmir é consumir derivados lácteos, que ajudam a manter a
flora intestinal funcionando e podem acabar auxiliando no equilíbrio. Segundo
Carlos Del Roy, “o cranberry é uma ótima opção”. O
urologista, por outro lado, acredita que “parece melhorar a defesa da parede
vesical contra infecções. Também é vendido na forma de comprimidos”. No caso do
suco de cranberry, ele pode ser consumido até três vezes ao dia.
Tratamento alternativo.
Em
caso de mulheres com infecção de repetição causada pela E.Coli, já existe uma
vacina com efeito lisado para prevenir o problema e deve ser prescrita pelo
médico. É importante não deixar de fazer exames ginecológicos anualmente, para
detectar possíveis problemas: “Infecções ginecológicas podem
facilitar o aparecimento de infecções, assim como alterações na micção como,
por exemplo, esvaziamento vesical inadequado (quando você não consegue urinar
completamente)”, explica o urologista.
Relato de CURA de INFECÇÃO URINÁRIA DE REPETIÇÃO – ITU de repetição
ResponderExcluirPrezados por mais de 10 anos sofri com constantes crises de infecção urinária de repetição e encontrei a cura. O processo não foi fácil, mas me sinto na obrigação de relatar a minha trajetória de vitória contra esta doença na esperança de ajudar pessoas que enfrentam a mesma batalha.
Histórico: Fui a mais de 10 médicos (urologistas, nefrologistas, ginecologistas, alergistas, infectologistas, entre muitos outros). Todos apenas preocupados em tratar sintomas e nunca investigar verdadeiramente a causa do meu problema, tomei por mais de 7 anos Nitrofurantoína (macrodantina) 100mg ao dia como forma de profilaxia. Mas volta e meia a crise vinha com força total e eu precisava me internar no hospital de tanta dor. Um dos problemas do tratamento com a “nitrofurantoína” é que ela dá muito enjoo e com o tempo para de fazer efeito, lhe obrigando a aumentar as doses. Isso sem contar na quantidade de tratamentos caros e totalmente inadequados que fiz (desde suco de cranberry até antidepressivo para tratar dor crônica), isso sem falar na quantidade de antibióticos que tomei para tratar bactérias das constantes infecção urinárias.
Nenhum dos médicos que eu tinha ido até então procuraram saber, mas que eu fui uma criança de segurar muito o xixi e este hábito me causou sérios danos (alargamento da bexiga, resíduo miccional, incoordenação do esfíncter e uretra em forma de pião) que só fui descobrir aos 25 anos de idade. Em resumo, eu fazia xixi e achava que a minha bexiga estava totalmente vazia, mas na verdade o resíduo de 150ml que ficava lá era o ambiente perfeito para proliferação de bactérias.
Em Junho 2014 fui indicada a ir para um médico que decidiu me investigar de verdade e resolveu o meu problema através de uma investigação criteriosa, diagnóstico preciso e tratamento adequado. Segue abaixo os exames que fiz e como foi todo o processo que durou ao todo apenas 4 meses.
Junho/2014 – Uretrocistografia (EXAME)
Resultado: incoordenação do esfíncter e uretra em pião, caracterizada por um alargamento da uretra.
10/07/2014 – Estudo Urodinâmico (EXAME)
Exame sugestivo de incoordenação vesicoperinineal. Beixiga aumentada. Resíduo pós-miccional de 150ml.
Remédio: Uroprost 2mg 01 caixa 1 comp. Ao dia
22/07/14 – Fisioterapia Uroginecológica (ENCAMINHADA PARA FISIOTERAPIA)
Atividade Reflexiva e Bio Feedback com EME
06/08/14 – Ultrassonografia de Vias Urinárias (EXAME)
1° entra com a bexiga cheia e faz o exame. Depois faz xixi e mede o resíduo.
Resultado: resíduo miccional “desprezível (1,5ml)”.
19/08/14 – Última seção de Fisioterapia Uroginecológica.
Até hoje (22/10/2015) nunca mais tive uma crise de infecção ou desconforto urinário. Espero que o meu relato ajude mães e pais a observarem melhor os hábitos urinários dos seus filhos, para que problemas como o meu não se repitam. E NÃO ACREDITEM EM MÉDICOS QUE LHE DIZEM QUE VOCÊ SEMPRE TERÁ ESSA DOR E QUE VOCÊ PRECISA APRENDER A CONVIVER COM ISSO!!!! Lute e acredite, pois ITU de repetição TEM CURA SIM você só precisa encontrar qual a causa da sua!