sábado, 6 de dezembro de 2014

UMA CIDADE SEM CULTURA...

                   
Ao completar dois anos, a atual administração pública de Jequié ainda não realizou sequer um projeto cultural que viesse beneficiar efetivamente a comunidade local. Diante de tal conjuntura, torna-se necessário que os nossos representantes entendam a importância das políticas públicas para a cultura na formação de uma sociedade mais humana, visto que, trata-se de obrigação legal do Poder Público estabelecido promover o efeito das ações socioculturais no processo civilizatório da população. Os jovens jequieenses, principalmente aqueles residentes em distritos e bairros da periferia, nunca foram ao cinema, teatro, museu, espetáculos de dança, recitais, exposições de artes plásticas e eventos de conteúdo cultural.  Nunca exerceram o direito ou tiveram a oportunidade de participar de projetos culturais, e assim, expressar seus dotes e talentos artísticos. O que nos leva à desastrosa perda da identidade cultural do município.
 Jequié, atualmente dispõe dos seguintes equipamentos culturais: Centro de Cultura, Casa da Cultura, Teatro Municipal, Biblioteca Municipal e Velas Culturais, além de avanços como, Conselho de Cultura e Fundo Municipal de Cultura, que apesar de sucateados, nos colocam em destaque, se comparado a outras cidades da região.  Porém, diante deste cenário aparentemente positivo, nos falta uma política determinada para o setor. Ainda não foi instituído um Plano Cultural e sistematização que nos possibilita receber recursos do Ministério da Cultura, de ONGs, organismos internacionais, dentre outros. 
O fato é que, a Secretaria Municipal de Cultura tem um custo operacional em torno de 350 mil reais por ano e a única justificativa para os gastos com o setor é a realização dos festejos juninos, que, inclusive é alvo de denuncias de irregularidades por parte da imprensa local. O que força o Poder Legislativo, em cumprimento de suas funções, exigir prestação de contas dos gastos com o São João de 2013 e 2014. Com um secretário de cultura interino, iniciamos o penúltimo ano da administração de Tânia Britto. Se providencias não forem tomadas para a volta da normalidade no setor cultural, teremos não só uma desastrosa ingerência administrativa, como um crime histórico cometido contra a produção cultural do município de Jequié.

Atenciosamente,

PLENACULTURAL.
Astro Brayner
Val Rodrigues
Thiago Barreto
Jorge Barros
Wenceslau Junior
Bené Sena
Alysson Andrade

Gidásio Silva

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