FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Um novo estudo feito em garotas e mulheres na Dinamarca e
na Suécia desmistificaram rumores que associavam a vacinação contra o HPV
(Vírus do Papiloma Humano, sigla em inglês) ao desenvolvimento de esclerose
múltipla ou outras doenças desmielinizantes (grupo de desordens no sistema
nervoso central). Segundo pesquisa publicada na terça-feira (6) na Jama (The
Journal of the American Medical Association), os riscos de ter uma dessas
desordens não aumentam em quem tomou a vacina.
Desde o licenciamento da vacina quadrivalente do HPV (qHPV), em 2006, e, posterirormente da bivalente, mais de 175 milhões de doses foram distribuídas em todo o mundo. A introdução da imunização em larga escala em um novo público-alvo – garotas e jovens mulheres – tem sido alvo de preocupações em relação a sua segurança, algumas com o potencial de minar a confiança do público nessas novas vacinas.
Desde o licenciamento da vacina quadrivalente do HPV (qHPV), em 2006, e, posterirormente da bivalente, mais de 175 milhões de doses foram distribuídas em todo o mundo. A introdução da imunização em larga escala em um novo público-alvo – garotas e jovens mulheres – tem sido alvo de preocupações em relação a sua segurança, algumas com o potencial de minar a confiança do público nessas novas vacinas.
Para verificar que há
motivos reais para preocupação, Nikolai Madrid Scheller, do Statens Serum
Institut, de Copenhague, na Dinamarca, e seus colegas realizaram um estudo que
incluiu meninas e mulheres suecas e dinamarquesas, entre 10 e 44 anos,
acompanhadas entre 2006 e 2013. Foram usados registros de saúde dos dois
países, com dados sobre imunização contra o HPV e diagnósticos incidentes de
esclerose múltipla e outras doenças desmielinizantes, para identificar o grupo
de estudo.
Um total de 3.983.824
meninas e mulheres foram identificadas e, delas, 789.082 foram vacinadas contra
o HPV no recorte de tempo feito no estudo. De 2006 a 2013, houve 4.322 casos de
esclerose múltipla e 3.300 casos de outras doenças desmielinizantes, dos quais
apenas 73 e 90, respectivamente, ocorreram dentro do período de risco, que é de
dois anos após a vacinação.
Após a análise dos
dados, os pesquisadores não encontraram um risco aumentado de incidência de
esclerose múltipla ou outras doenças desmielinizantes associado à vacinação.
"Nosso estudo se soma ao corpo de dados que comprovam o nível favorável de
segurança global da vacina qHPV. O tamanho do estudo e o uso de dados de
registro dos países permitiram uma análise com potência adequada para
generalizações", escrevem os autores no estudo.
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