FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Quem
nunca brochou que atire o comprimido de Viagra. A situação que o homem mais
teme na cama é mais comum do que se imagina. Somente entre os brasileiros, a estimativa
é de que cerca de 50% dos homens convivam com algum nível de disfunção erétil.
Mas não é pra tanto, pois a famosa ‘brochada’ não significa necessariamente que
você tem algum problema.
Antes
de se desesperar por não ter conseguido transar com sua parceira e sair
correndo para o hospital, é importante lembrar que a dificuldade de obter ou
manter uma ereção na hora do ato sexual tem diversas causas, e você mesmo pode
tentar identificá-las. Estas causas são dividas em dois grupos: as orgânicas e
as psicológicas.
Entre
as causas orgânicas, estão as doenças que dificultam o bombeamento do sangue
arterial para o pênis, como doenças vasculares, distúrbios hormonais e
neurológicos. “Também pode ser decorrente de alterações penianas e, em algumas
situações, pode ser efeito colateral de certas medicações, como
anti-hipertensivos e drogas neurológicas”, conta o urologista do HCor (Hospital
do Coração), Dr. Antonio Lopes Neto.
Já as
causas psicológicas, que são as mais comuns, estão invariavelmente ligadas ao estresse
emocional pelo qual o homem está passando no momento do ato sexual ou mesmo na
sua vida como um todo. Ou seja, pode ser a timidez excessiva, a insegurança em
relação ao próprio corpo, estresse no ambiente de trabalho, alguma dificuldade
amorosa com a parceira, etc..
A
própria preocupação excessiva com o desempenho na cama pode acarretar em uma
brochada. Chamado de “ansiedade de performance”, esse nervosismo libera uma
carga hormonal de adrenalina no sangue, que leva a perda da ereção.
“Quando
você pega um corte de pacientes mais jovens, quase sempre o fator psicológico é
a causa da disfunção erétil. Já em pacientes acima de 55 anos, os problemas
orgânicos geralmente são mais influentes”, diferencia o urologista do Hospital
Santa Paula, Dr. Alex Meller.
FALHA OU DISFUNÇÃO ERÉTIL?
Segundo
Meller, o homem pode seguir três passo para tentar identificar se aquela
brochada da última noite foi uma coisa pontual ou se pode indicar uma disfunção
erétil.
1º –
Faça uma auto avaliação de sua saúde: Se você leva uma vida saudável, não está
com nenhuma doença, pratica esportes, mantém uma boa alimentação e está dentro
do peso ideal, há uma grande possibilidade de que essa falha tenha sido causada
por um fator psicológico.
“Você
tem que elencar as doenças para justificar aquela falha. Por exemplo, se você é
um homem de 60 anos que já teve um infarto, tem diabetes ou está acima do peso,
pode se preocupar um pouco mais, pois pode ser o início de um quadro de
disfunção erétil que irá se repetir”, diz Meller.
2º – Faça
uma autoanálise psicológica: Pare para pensar nas circunstâncias em que o ato
sexual ocorreu. Foi em um lugar público, com mais emoção, ou na privacidade da
sua casa? Ela era uma parceira nova ou foi com alguém com quem você já está
acostumado? O seu dia foi estressante ou calmo?
Você
tem que analisar o momento para concluir se estava ou não estressado. Se sim, o
ideal é tentar mudar essas circunstâncias na próxima vez em que tiver uma
relação sexual, para testar se a sua falha foi realmente psicológica. Deste
modo, se você brochou quando estava fazendo sexo dentro do carro, correndo o
risco de alguém ver, que tal tentar em um lugar com mais privacidade da próxima
vez?
3º – Analise suas ereções noturnas/matinais: Isso mesmo. Se o cara falhou ontem à
noite, mas acordou hoje com ereção noturna, então é provável que a causa da
falha tenha sido psicológica. Agora, se ele não acorda com o pênis ereto há
alguns meses, ou até anos, talvez seja um sinal de que a falha tenha sido
causada por um fator orgânico.
De
qualquer maneira, não precisa correr para o médico ou encher a cabeça de neuras
logo na primeira vez em que o pênis não corresponder aos seus desejos. Agora,
se as falhas se tornarem recorrentes, o indicado é sempre que o homem procure a
ajuda de um urologista para identificar o que tem causado isso.
TRATAMENTOS.
Se o
homem for diagnosticado com disfunção erétil por conta de fatores psicológicos,
o indicado, de acordo com o urologista do Hospital Israelita Albert Einstein,
Dr. Luis Seabra Rios, é que ele faça um acompanhamento com um terapeuta sexual.
Também
pode ser recomendado um medicamento ansiolítico e medicamentos específicos para
promover a boa ereção, como o já citado Viagra e o Eleva. Se os medicamentos
orais não surtirem efeito, o segundo passo do tratamento envolve medicamentos
intravenosos, ou seja, injeções que o próprio paciente pode aplicar no pênis.
E, se nada disso der certo, há ainda a alternativa de se colocar uma prótese
peniana.
Por
fim, o urologista reforça a afirmação de que brochar é sim uma coisa comum. “A
gente fica se angustiando para procurar ajuda médica e, às vezes, a gente tem
uma solução fácil. Não é incomum, é uma coisa comum, e tem tratamento”,
conclui.
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