terça-feira, 24 de março de 2015

QUEM TEM PROBLEMAS NO CORAÇÃO DEVE EVITAR O ESTRESSE? NÃO NECESSARIAMENTE...

FONTE: Juliana Passos, Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).

Evitar discussões, estresse, e emoções fortes para pessoas com problemas de coração está entre os mitos em relação aos cuidados que os pacientes com essas condições devem ter. Segundo um estudo do Instituto Piaget, de Portugal, feito a partir de entrevista com 319 pessoas, sendo 68% delas com nível superior, há um grande equívoco nas crenças populares.

"No âmbito da reabilitação cardíaca, verifica-se que níveis altos de crenças erradas podem contribuir para a redução da atividade física o que pode comprometer a recuperação, pode impedir o regresso ao trabalho, pode levar à redução da autonomia dos pacientes e um maior número de hospitalizações", explica a professora associada e coordenadora de pós-graduação em psicologia clínica e da saúde do Instituto Piaget, Maria Figueiras.

Para Maria Figueiras, são os hábitos relacionados a uma vida estressada que são prejudiciais. Segundo ela, é preciso gerenciar o estresse. "É importante ter em consideração que não há vida sem estresse e que o grande desafio se coloca na sua gestão", afirma. Segundo a psicóloga, os verdadeiros fatores de risco para os cardíacos são o sedentarismo, o colesterol elevado, as dietas erradas e o hábito de fumar. Como muito desses sintomas são relacionáveis ao estresse, muitas pessoas acham que é o estresse que causa uma debilitação nos cardíacos.

O médico cardiologista Roberto Kalil Filho observa que as mesmas crenças existem entre seus pacientes no Brasil, principalmente em relação ao exercício físico.


"O paciente que tem doença cardíaca precisa fazer exercícios para fortalecer o músculo do coração, evitar a chance de infarto e aumentar sua sobrevida. Após operar o coração o exercício é tão importante ou mais que o remédio", frisa o cardiologista. Kalil lembra que após uma operação o paciente fica mais seguro em relação a ter  infarto ou derrame e, por isso, não há motivos para receios na grande maioria dos pacientes.

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