FONTE: Marianne Scholze, especial para o iG
São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Considerado um dos piores inimigos
do coração – o tabaco é outro – o excesso de colesterol na corrente
sanguínea aumenta o risco de desenvolvimento
de aterosclerose,infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Os dois
principais subtipos de colesterol são o HDL, conhecido como colesterol
"bom", e o LDL, também chamado de colesterol "ruim".
Enquanto
o último se deposita nas paredes das artérias, promovendo a aterosclerose, o
primeiro tem um papel inverso: ele ajuda a “limpar” as paredes das artérias,
livrando-as do colesterol ruim.
Tanto
níveis altos de LDL ou níveis muito baixos de HDL representam um maior risco de
desenvolver doenças cardiovasculares.
Veja 11
trocas simples que podem ser feitas no cardápio do dia a dia:
-- Leite: aposente o integral e invista no desnatado. Com quantidades
similares de proteínas, cálcio e vitaminas, ele tem baixo teor de gordura
saturada;
-- No café da manhã: troque o cereal industrializado (rico em açúcar e pobre em
fibras) por aveia em flocos e aumente a ingestão de fibras solúveis;
-- Pão: troque o francês pelo integral e aumente o consumo de
fibras. Elas reduzem a absorção de gorduras (entre elas, o colesterol) pelo
organismo;
-- Em cima do pão: em vez da manteiga, que é rica em colesterol, use queijo
cottage, que tem baixo teor de gordura, colesterol e poucas calorias;
-- Óleo de cozinha: troque o de soja pelo de oliva, que tem bem menos gorduras
insaturadas (elas atuam diretamente na redução do LDL, o colesterol ruim);
-- Tire a pele do frango antes mesmo dele ir para a panela, para evitar que a
gordura e o colesterol penetrem na carne magra e mais saudável;
-- Macarrão: use integral (mais fibras e mais saciedade no prato) e
troque o molho branco por molho de tomate (menos gorduroso);
-- Suco: substitua o de laranja pelo de uva, que é rico em
flavonoides – antioxidantes poderosos que evitam a formação de placas nas
paredes das artérias;
-- Lanche rápido: em vez de salgadinho, vá de pipoca. Feita na panela
(esqueça a de micro-ondas) ela aporta fibras. Já os salgadinhos, só fornecem
gordura e sódio;
-- Carne: troque a vermelha por peixe 2 vezes na semana. Isso vai
ajudar a reduzir as quantidades de LDL ingerido na primeira e a aumentar o HDL
(peixe é rico em ômega 3);
-- Vegetais: priorize os crus em vez dos cozidos: a vantagem desta troca
é aumentar o consumo de fibras, que ajudam a diminuir a absorção de colesterol;
“Uma
dieta equilibrada e saudável, com redução da ingestão de gorduras, é bastante
eficaz em reduzir os níveis de colesterol LDL, enquanto atividades como parar
de fumar e realizar exercícios regulares ajudam a elevar o HDL, que tem efeito
protetor contra o desenvolvimento dessas doenças”, explica Alex Felix,
cardiologista do Sergio Franco Medicina Diagnóstica, do Rio de Janeiro.
Assim,
o objetivo é chegar a um equilíbrio entre os níveis dos dois tipos de
colesterol, e não eliminá-los completamente, como muitos acreditam.
“Precisamos
de colesterol no corpo: ele é fonte energética e faz parte da membrana que
recobre as células. O que devemos evitar é o excesso dele na corrente
sanguínea” explica Antonio Carlos Till, clínico e cardiologista do Vita
Check-Up Center, também da capital fluminense.
Para
evitar esse excesso, os principais aliados são a prática regular de atividades
físicas e a boa a velha alimentação. Quanto mais rica em fibras e pobre em
gorduras saturadas for a dieta, melhor.
O
motivo é que parte do colesterol do corpo é proveniente da ingestão direta do
colesterol contido em alimentos de origem animal ou com a ingestão de gorduras
"ruins" – as saturadas, encontradas em carnes "gordas" e no
leite integral, por exemplo.
Vale
lembrar que o colesterol elevado nem sempre é fruto exclusivo de uma
alimentação inadequada. Algumas vezes, distúrbios hormonais, doenças e fatores
hereditários tornam mais difícil o controle das taxas dessa gordura no sangue,
sendo necessário o uso de medicamentos.
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