FONTE: *** Jairo Bouer (doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Um estudo revela que o aperto de mãos não existe
por acaso. Ele tornou-se uma forma comum de cumprimento por que trouxe um
benefício para os seres humanos: transmitir moléculas que depois serão
cheiradas e poderão passar informações sobre a outra pessoa.
A conclusão, de pesquisadores do Instituto Weizmann
de Israel, foi publicada na revista eLife.
A equipe fez um experimento com 280 pessoas que
tinham ou não o costume de apertar as mãos dos outros ao cumprimentá-los.
Elas foram filmadas e observadas por bastante tempo.
Os pesquisadores descobriram que as pessoas
costumam cheirar suas próprias mãos com frequência, ou, precisamente, levam os
dedos ao rosto cerca de 22% do tempo. Para provar que elas cheiram, mesmo,
foram colocados cateteres no nariz dos participantes.
Eles também notaram que quem pratica o aperto de
mãos faz isso com frequência bem maior, especialmente com a mão direita. Só que
esse aumento só é significativo quando a pessoa cumprimenta outra do mesmo
sexo.
Para o professor Noam Sobel, titular de
neurobiologia do instituto, o experimento mostra que apertar as mãos é uma forma educada de pesquisar sinais químicos. Ou, em outras palavras, é pra
cheirar melhor…
Jairo Bouer é médico formado pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, com residência em psiquiatria no Instituto de
Psiquiatria da USP. A partir do seu trabalho no Projeto Sexualidade do Hospital
das Clínicas da USP (Prosex), passou a focar seu trabalho no estudo da
sexualidade humana. Hoje é referência no Brasil, para o grande público, quando
o assunto é saúde e comportamento jovem, atendendo a dúvidas através de
diferentes meios de comunicação.
Sobre o blog.
Neste
espaço, Jairo Bouer publica informações atualizadas e opiniões sobre saúde,
sexo e comportamento.
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