FONTE: iG - O Dia, TRIBUNA DA BAHIA.
Vacina foi desenvolvida por pesquisadores do IrsiCaixa, de Barcelona, e se mostrou eficaz em testes com animais.
O
Instituto de Pesquisa da Aids (IrsiCaixa) começou a preparar os testes clínicos
de sua vacina terapêutica contra a doença, que será usada em um grupo de 150 e
200 voluntários a partir do próximo ano, segundo informações divulgadas pela
instituição na segunda-feira (18.05).
A vacina
foi desenvolvida por pesquisadores do IrsiCaixa, de Barcelona, se mostrou
eficaz em testes com animais e é a primeira desenvolvida com base na resposta
imunológica apresentada por um grupo reduzido de pessoas capazes de controlar a
infecção por HIV sem tratamento antirretroviral.
Segundo
o centro, atualmente estão sendo produzidos os lotes clínicos que serão
administrados para os voluntários, assim como desenvolvidos os testes para a
aprovação pela Agência Espanhola de Remédios e Produtos Sanitários.
A
pesquisadora Beatrix Mothe explicou que os tratamentos antirretrovirais atuais
conseguem conter a progressão da infecção por HIV, mas não podem eliminar a
totalidade de vírus do organismo.
Por
esse motivo, a estratégia mais realista para terminar com o HIV e a Aids passa
pelo desenvolvimento de uma vacina efetiva, segundo Mothe, que acrescentou que
os testes de fase I e II serão iniciados graças aos bons resultados obtidos com
ratos e macacos.
"Estudamos
em profundidade como se comporta o HIV em milhares de pessoas infectadas e
aprendemos qual é a resposta imunológica necessária para controlar a replicação
do vírus à revelia de tratamento antirretroviral. Essa resposta é a que
incorporamos ao projeto de nossa vacina HTI", detalhou Beatrix.
Os
médicos esperam poder iniciar os testes em humanos ao longo de 2016. A primeira
fase durará um ano e terá como objetivo deixar em experimentação a segurança e
a capacidade do candidato a ser vacinado de induzir uma resposta imunológica
forte e duradoura.
A
segunda fase terá uma duração de entre um ano e um ano e meio e avaliará a
eficácia das vacinas para conseguir uma cura funcional, que consiste na
capacidade da vacina de impedir que o vírus atue após a retirada da
medicação antirretroviral.
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