FONTE: Chayenne Guerreiro, TRIBUNA DA BAHIA.
A orelha de abano é um problema que atinge entre
2% e 5% da população.
A
orelha de abano é um problema que atinge entre 2% e 5% da população. Todos os
anos, mais de 20 mil brasileiros procuram especialistas em busca do resgate da
autoestima. Esse é o principal objetivo da otoplastia, procedimento cirúrgico
que faz a correção de orelhas proeminentes, também conhecidas como “orelhas de
abano”.
De
acordo com o cirurgião plástico, Daniel Azevedo, o problema estético é
hereditário, no qual existe um excesso de cartilagem auricular, fazendo com que
haja a abertura avantajada da orelha. “As orelhas de abano são causadas por um
excesso de cartilagem da concha, que é uma região externa da orelha, ou, por um
apagamento de uma estrutura chamada anti-hélice, que é na função perimetral da
orelha,” explica.
As
cirurgias plásticas que corrigem o problema são mais frequentes na infância,
aconselhadas a partir dos sete anos de idade, quando as orelhas já completaram
o desenvolvimento. É também nessa fase da vida que as crianças começam a sofrer
bullying por conta das características.
“O
ideal, indicado pela sociedade brasileira de cirurgia plástica, é iniciar o
tratamento aos sete anos de idade, quando a orelha já adquiriu o seu tamanho
final. Isso também evita o período que a criança vai conviver com outras na
escola e pode vir a sofrer algum tipo de bullying. São apelidos maldosos,
agressões físicas e constrangimentos que podem abalar o psicológico do aluno e
refletir na fase adulta”, conta Daniel Azevedo.
O que define a orelha de abano é a fuga da normalidade. A
característica pode se apresentar de várias maneiras, com graus mais ou menos
intensos. A orelha normal tem uma curvatura que segue e em cima é dividida em
duas cristas. Quando tem um plano só, ou seja, a bordinha da orelha não faz a
curva e não acaba nas duas cristas, é considerada uma orelha proeminente. Outro
caso de orelha de abano é quando ela cresce na concha, ou seja, na parte de
cima. O último caso é quando ela se afasta da cabeça na região posterior.
Segundo Azevedo, a busca pelo procedimento estético tem crescido e, hoje, já representa 5% do total de operações estéticas feitas no Brasil anualmente. Ainda de acordo com o cirurgião plástico, Daniel Azevedo, reverter a má formação nas orelhas não é um bicho de sete cabeças. Considerada uma cirurgia simples, o procedimento tem duração média de uma hora e ocorre com anestesia local, com ou sem sedação geral, e o paciente recebe alta no mesmo dia.
“É
feito com anestesia local ou sedação, somente para que a criança não veja a
cirurgia, a opção é dos pais. Leva em média de uma hora a uma hora e meia.
No pós operatório ela vai sair com um curativo e uma faixa na orelha, em
48 horas esse curativo é retirado, mas a faixa permanece por 6 a 8
semanas. ”, pontua.
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