quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

HÁBITO DE CORRER PODE SER TÃO VICIANTE QUANTO A MACONHA, APONTA ESTUDO...

FONTE: Redação RedeTV!, (www.redetv.uol.com.br).


Uma equipe de cientistas alemã publicou um estudo que comprova que criar o hábito de correr gera uma espécie de vício similar à utilização da maconha, trazendo sensações muito parecidas em ambas as atividades.
A consequência da prática da corrida é conhecida entre os cientistas como "runner's high", ou "barato dos corredores", em tradução livre do inglês, por fazer referência aos efeitos causados por subtâncias entorpecentes, como a maconha.
A pesquisa, que usou ratos como cobaias, foi publicada no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences, dos Estados Unidos. Durante os testes, os especialistas monitoraram os níveis de ansiedade e de tolerância à dor dos animais, antes e depois de uma sessão em suas rodas de corrida.
Em condições normais, os ratos apresentam uma diminuição da ansiedade e um aumento na quantidade de dor à qual eram capazes de suportar. Ao bloquear a produção de anandamida nos animais, eles se mostraram ansiosos e mais sensíveis às dores após a corrida, assim como estavam antes da atividade. Quando a produção de endorfina foi bloqueada, mas o sistema endocanabinóide foi mantido intacto, o "barato dos corredores" voltou a envolver os ratos.
Segundo os cientistas, os endocanabinóides são uma versão do organismo para a maconha. Assim como a droga, eles podem afetar vários processos do cérebro, incluindo o apetite, até uma menor percepção de dor. Diferentemente do que acontece com a endorfina, isso ocorre porque tanto a anandamida quanto essas substâncias são capazes de atravessar as barreiras hematoencefalicas, estruturas responsáveis por proteger o sistema nervoso central.

Como o estudo foi realizado com ratos, não é possível ter certeza de que os resultados aconteceriam da mesma forma em humanos. Tanto os organismos quanto as condições de corrida são diferentes, pois os humanos não correm em rodas giratórias. Entretanto, com a pesquisa, os cientistas confirmam que os receptores canabinóides são cruciais em vários aspectos para que os corredores também tenham seus momentos de 'barato'.

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