FONTE: Patrícia Moraes, editora de lifestyle, TRIBUNA DA BAHIA.
Trabalhos manuais, como artesanato, ajudam a
controlar ansiedade, dizem estudos; leitora do Delas sabe bem disso.
Há
tempos que o artesanato vai muito além de ser uma fonte de renda. Quem
tricota, por exemplo, costuma se sentir extremamente recompensado - e não
estamos falando apenas em recompensa financeira.
Aos 29
anos, Jéssica Scrivano já contabiliza seus lucros com o tricô, que pratica
desde os 15 anos. Professora e tradutora de inglês, ela não vende nenhuma peça,
mas reconhece os beneficios que alguns estudos confirmam: trabalhos manuais
ajudam a controlar ansiedade e proporcionam um bem-estar enorme.
Uma
pesquisa da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, de 2009,
concluiu que atividades cognitivas, como tricotar, reduziram em 74% a
intensidade de medos e pensamentos sobre o distúrbio alimentar em mulheres com
anorexia.
Dois
anos depois, o "Journal of Neuropsychiatry & Clinical
Neurosciences" divulgou um estudo com idosos. O acompanhamento de mais de
mil e trezentas pessoas de 70 a 89 anos mostra que praticar atividades manuais
pode reduzir as chances de transtornos
"Pra
mim, o 'fazer com as mãos' e o movimento por vezes repetitivo, mas que preciso
prestar atenção para não errar, me ajudam a descompilar de um dia difícil e a
desacelerar a mente quando estou muito ansiosa", explica.
De mãe para filha.
"Não
me lembro exatamente como me interessei, mas sempre gostei muito de artes
manuais e minha mãe sempre tricotou coletes pra eu ir à escola no
inverno", lembra Jéssica. "Pra mim, aprender foi um pouco difícil
porque sou canhota e minha mãe não conseguia me ensinar ao contrário. Acabei
aprendendo a tricotar como uma pessoa destra", diverte-se.
Terapia.
"Hoje
em dia, tricoto mais por terapia do que por qualquer outra coisa. Não tenho
pressa de ver nenhum trabalho pronto e, na verdade, tenho fases: passo meses
sem nem pegar nas agulhas, depois, passo semanas tricotando", resume.
Ensinando as amigas.
Quando
falava para as minhas amigas que tricotava, a maioria achava 'super de velha',
mas eu nem ligava. Aí, alguns anos atrás, alguma cantora assumiu que tricotava
por terapia e várias amigas vieram me pedir para ensiná-las".
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