FONTE: CORREIO DA BAHIA (redacao@correio24horas.com.br).
Foram
apontadas a superlotação das maternidades, falta de estrutura física,
profissionais e os riscos à saúde de pacientes.
A Universidade Federal da Bahia (Ufba) realizou, na noite
da segunda-feira (1º), uma audiência pública para debater a situação do
atendimento médico obstétrica e neonatal no estado.
Partindo da experiência da Maternidade Climério de
Oliveira, no Nazaré, que integra a rede estadual e está dentro da estrutura de
ensino da universidade, os gestores públicos e representantes de profissionais
da área de saúde debateram a situação nas maternidades e rede de assistência às
gestantes.
Foram apontadas questões em torno da superlotação das
maternidades, falta de estrutura física, sobrecarga de profissionais e os
riscos à saúde de pacientes que permanecem internadas indevidamente em macas,
poltronas de acompanhantes, cadeiras, leitos de exames e salas de parto, o que
é um risco tanto para as mães quanto para os filhos.
“Há uma necessidade de se regularizar o atendimento em
todas as unidades de assistência materno-infantil. Regularizar é recompor as
equipes para que esses leitos possam atender em sua plenitude”, defendeu Mônica
Neri, superintendente da Climério.
A gestora apontou que no estado o problema não está
necessariamente no número de leitos, mas no funcionamento deles. “Tem
maternidade que tem obstetra um dia e não tem anestesistas ou não tem
neonatologista, então ela não vai funcionar”.
O vice-reitor da Ufba, Paulo César Miguez, afirmou que “a
universidade quer promover o encontro entre os principais atores dessa
discussão, para que, com rapidez, possamos encontrar uma solução para o
problema, que é grave”.
Estiveram presentes no evento, que aconteceu no Salão
Nobre da Reitoria, o secretário municipal de saúde, José Antônio Rodrigues,
representantes da Secretaria estadual da Saúde, da Associação de Obstetrícia e
Ginecologia da Bahia e do Conselho de Enfermagem e de Medicina.
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