FONTE: Agência
Brasil, CORREIO DA BAHIA.
O levantamento revelou indícios
de contradição em doações de campanha feitas por 16 mil beneficiários.
O
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário anunciou na quinta-feira (3) a
convocação de 13 mil beneficiários do Bolsa Família que tiveram o pagamento
suspenso em outubro após cruzamento de dados do Cadastro Único para Programas
Sociais do governo federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que
identificou doações eleitorais incompatíveis com a renda declarada por eles.
O
levantamento revelou indícios de contradição em doações de campanha feitas por
16 mil beneficiários. Desse total, o ministério identificou 3 mil pessoas que
já haviam sido excluídas do programa por não se enquadrarem mais nas regras. Os
demais 13 mil terão agora que atualizar os dados cadastrais para ter o
benefício desbloqueado.
Os
beneficiários do Bolsa Família não são proibidos de fazer doações de campanha,
mas, segundo o ministério, o repasse tem que ser coerente com a renda
declarada pelas famílias no Cadastro Único. De acordo com a pasta, há indícios
de uso indevido dos CPFs dos cadastrados no programa por terceiros.
As
famílias que tiveram o benefício do Bolsa Família suspenso foram notificadas
por mensagem no extrato de pagamento e terão seis meses para fazer a
atualização cadastral no setor responsável pelo programa nos municípios. É
necessário apresentar documentação de toda a família e o comprovante da doação
eleitoral, se for o caso.
Quem
não apresentar justificativa nesse prazo terá o benefício cancelado e quem não
se enquadrar mais nos critérios do programa será desligado. Nos casos de
pessoas que não fizeram doação de campanha, mas tiveram o CPF incluído entre os
doadores, é preciso comunicar o erro à gestão do Bolsa Família no município em
que reside.
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