Emily Lima será a primeira mulher na
história a treinar a equipe, após demissão de Vadão.
Pela primeira vez na história uma mulher
vai comandar a seleção brasileira feminina de futebol. Na terça-feira (1º), a
CBF anunciou Emily Lima, de 36 anos, para assumir a vaga deixada por Vadão. Ela
estava no comando do São José-SP, atual vice-campeão da Copa do Brasil.
Antes
de Emily, sete técnicos homens passaram pelo comando da seleção feminina: Zé
Duarte, Renê Simões, Fernando Pires, Ademar Fonseca, Wilsinho Oliveira, Paulo
Gonçalves e, por último, Vadão, que estava no cargo desde 2014.
À
frente da seleção, Vadão, que foi indicado pela Fifa como um dos 10 finalistas
ao prêmio de melhor técnico de futebol feminino de 2016, conquistou uma medalha
de ouro no Pan de Toronto, em 2015, e o título da Copa América feminina 2014,
no Equador. Já na Copa do Mundo de 2015, no Canadá, caiu nas oitavas de final.
No Rio-2016, as meninas ficaram na 4ª posição.
Essa
não é a primeira vez que a técnica marca seu nome em um feito inédito do
futebol. Em 2013, ela já havia se tornado a primeira técnica mulher a trabalhar
na CBF. Na época, ela assumiu o time sub-17.
Emily
é ex-jogadora de futebol. Ela começou a carreira no Saad, de São Paulo, um dos
precursores do futebol feminino no Brasil. Jogou também na Espanha, por
cinco anos. Em 2009, por causa de uma série de lesões sofridas, encerrou a
carreira como atleta na Itália.
Já
a carreira fora das quatro linhas começou em Portugal, como auxiliar técnica.
Em 2012, Emily comandou o Juventus, de São Paulo, e, em seguida, assumiu o São
Caetano do Sul. Por fim, foi contratada pelo São José.
Primeiros passos
A estreia de Emily Lima pela seleção feminina será no Torneio Internacional de Manaus, no dia 7 de dezembro, contra a Costa Rica. No dia 11, o Brasil enfrenta a Rússia, e no dia 14, a Itália.
A estreia de Emily Lima pela seleção feminina será no Torneio Internacional de Manaus, no dia 7 de dezembro, contra a Costa Rica. No dia 11, o Brasil enfrenta a Rússia, e no dia 14, a Itália.
Em
entrevista concedida à Folha de S. Paulo no fim de outubro, antes de se tornar
técnica da seleção feminina, ela comentou sobre o machismo no futebol. “Uma
mulher dirigir um time soa como algo estranho, mas a tendência é que esta
situação mude. Acredito que a Fifa vai exigir isso e a CBF terá que mudar.
Nosso país é preconceituoso em relação à mulher em qualquer área. O homem
não precisa provar que é capaz de ser técnico, a gente precisa a cada dia”,
declarou.
Ela
tentava o feito inédito de ser a primeira técnica mulher a conquistar um título
de Copa do Brasil, competição que surgiu em 2007. A final aconteceu há seis
dias e o título ficou com o Audax Corinthians, que venceu o São José por 3 x 1 no
jogo decisivo, após empate em 2 x 2 na ida.
Emily
comentou ainda que é fã de Tite, técnico da Seleção Brasileira de futebol
masculino. “Eu me espelho muito no Tite. Procuro vídeos dele no YouTube
explicando sobre tática”, revelou.
No
mês passado, a nova técnica da seleção verde e amarela participou do curso de
Licença B, da CBF, que serve para treinadores da base. A treinadora, inclusive,
sugere que a CBF passe a oferecer bolsas para ex-jogadoras participarem dos
cursos.
Agradecimento.
Em nota, a CBF agradeceu Vadão e a sua comissão técnica “pelo trabalho e dedicação nestes dois anos e meio em prol do futebol feminino”. O treinador afirmou que já esperava pelo desligamento.
Em nota, a CBF agradeceu Vadão e a sua comissão técnica “pelo trabalho e dedicação nestes dois anos e meio em prol do futebol feminino”. O treinador afirmou que já esperava pelo desligamento.
“Eu
já sabia. Meu compromisso era até a Olimpíada. O presidente pediu para
permanecer mais um pouco. Chegou agora e ele entendeu de fazer a troca, no caso
a Emily, para que ela já trabalhasse no Torneio. Não foi feito nada escondido”,
frisou.
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