Em 2016, foram 81
registros contra 59 casos notificados em 2015, segundo a Secretaria de Saúde do
Estado (Sesab).
Moradores
de Vitória da Conquista, região sudoeste do estado, estão apavorados. O perigo
possui pernas e caudas amarelo-claro e o tronco escuro, mede até 7 cm de
comprimento e tem uma serrilha nos 3° e 4° anéis da cauda, responsável
por 81 ataques no município somente no ano passado.
O
escorpião da espécie Tityus Serrulatus, conhecido também como escorpião
amarelo, tem aparecido com frequência na região. Segundo dados
da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em 2015, foram 59 casos
notificados e nenhum óbito foi registrado.
Ainda
de acordo com a Sesab, até 26 de dezembro do ano passado, foram notificados
13.500 acidentes com animais peçonhentos na Bahia. Deste universo, 9.200 foram
de escorpiões. Cobras foram 2.500, abelhas 660 e aranha 500 casos registrados.
Só
o policial militar aposentando Osvaldi Gomes Lima, 55 anos, já encontrou em sua
casa mais 30 escorpiões no ano passado. “Mas já achei bem mais. Os 30 foi
a quantidade que consegui colocar no vidro, mas é bem mais”, disse o Osvaldi,
morador do bairro Urbis V.
Segundo
ele, em Vitória da Conquista, sempre houve casos de aparecimento de escorpiões.
“Mas de julho para cá, tem aumentado. Aparecem em tudo que é lugar, de todos os
tamanhos. Outro dia, dormia quando um caiu sobre mim. Pensei até que fosse uma
barata ou grilo. Bati e ele caiu. Foi aí que vi o que se tratava”, contou o
policial.
Osvaldi
adotou algumas medidas que resultou na diminuição da presença dos aracnídeos.
“Passei a intensificar a limpeza da casa, vedei todos os buracos e frestas e
coloquei algumas galinhas no quintal que acabam comendo os escorpiões. Acredito
que eles estão concentrados mais nos esgotos, porque a maioria deles entrava em
casa pelo ralo do banheiro”, disse o policial militar aposentado.
Ele
disse que os vizinhos também têm se deparando com os animais peçonhentos. “Tem
gente aqui que já se mudou. A cidade vive hoje uma epidemia de escorpiões”,
declarou.
Especialista.
No entanto, a Sesab descartou a hipótese de uma epidemia. O órgão informou que há um acréscimo, mas dentro do esperado, porque os casos vêm aumentando ano a ano na maioria das regiões. “Vitória da Conquista é uma região quente, ambiente que os escorpiões gostam. A questão do desmatamento é outro fator. Elas acabam se adaptando a região urbana, que tem lixos, garrafas e entulhos para se esconderem. Além de tudo, onde há lixo e entulhos, têm baratas e grilos, insetos menores, que fazem parte de dieta dos escorpiões”, explicou o médico toxicologista Daniel Santos Rebouças, diretor do Centro de Informações Antiveneno (Ciave) da Sesab.
No entanto, a Sesab descartou a hipótese de uma epidemia. O órgão informou que há um acréscimo, mas dentro do esperado, porque os casos vêm aumentando ano a ano na maioria das regiões. “Vitória da Conquista é uma região quente, ambiente que os escorpiões gostam. A questão do desmatamento é outro fator. Elas acabam se adaptando a região urbana, que tem lixos, garrafas e entulhos para se esconderem. Além de tudo, onde há lixo e entulhos, têm baratas e grilos, insetos menores, que fazem parte de dieta dos escorpiões”, explicou o médico toxicologista Daniel Santos Rebouças, diretor do Centro de Informações Antiveneno (Ciave) da Sesab.
Os
contatos entre seres humanos e o Tityus Serrulatus são frequentes, o detalhe é
que esse escorpião por natureza ataca ao homem ao se sentir ameaçado. “São
peçonhentos e a ação do veneno ataca direto o sistema nervoso, podem levar
a óbito através de problemas cardíacos, porém com risco de casos graves
principalmente para crianças de até sete anos, porque o sistema nervoso é mais
sensível ao veneno. Neste caso a criança tem que tomar soro”, explicou o médico
toxicologista.
Em
caso de acidentes com escorpiões, o médico toxicologista recomenda lavar o
local com água e sabão e ir direto à uma unidade de saúde, onde medidas serão
adotadas. “Se possível, capturar o animal com segurança e procurar uma unidade
de saúde mais próxima”, declarou o médico.
Salvador.
No ano passado, a Prefeitura de Salvador registrou 160 casos de agressões por animais peçonhentos (escorpiões, aranhas e cobras). De acordo com Ana Galvão, subgerente de controle de ações básicas do Centro de Controle de Zoonose, os bairros com mais índice de infestação detectados pelos agentes através do Programa de Controle de Escorpiões são Boca da Mata, Conjunto Pirajá, Pirajá e Santa Cruz.
No ano passado, a Prefeitura de Salvador registrou 160 casos de agressões por animais peçonhentos (escorpiões, aranhas e cobras). De acordo com Ana Galvão, subgerente de controle de ações básicas do Centro de Controle de Zoonose, os bairros com mais índice de infestação detectados pelos agentes através do Programa de Controle de Escorpiões são Boca da Mata, Conjunto Pirajá, Pirajá e Santa Cruz.
“A
gente monitora e visita as residências com maior registro de aparecimento de
escorpiões. O aparecimento nesses locais são devido ao acumulo de desmatamento
(intervenções viárias ou construção civil), acúmulo de entulhos, como é o caso
das regiões próximas à Avenida Paralela. Já o bairro de Santa Cruz, uma
localidade antiga, é uma área de pedreira, o que favorece o aparecimento de
escorpiões” , explicou Ana Galvão.
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