A
dieta mediterrânea desacelera o envelhecimento e protege o cérebro. É o que diz
um estudo realizado pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e publicada
pela revista especializada "Neurology".
A
pesquisa também revelou que o sistema nervoso de idosos que seguem esse tipo de
alimentação é menos "limitado" em comparação com o de outras pessoas.
Mas o que seria uma dieta mediterrânea?
Segundo
os especialistas, trata-se de uma alimentação baseada em frutas, verduras, azeite
de oliva, legumes e cereais, com consumo moderado de peixe, queijo e vinho e
com pouca carne vermelha e de aves. Países como Itália, França, Espanha,
Turquia, Grécia e Marrocos ficam na região Mediterrânea, localizada entre
África e Europa.
"Quando
envelhecemos, o cérebro se limita, e perdemos células nervosas. Tudo isso
influencia na memória e na aprendizagem. Nossa pesquisa adicionou outro fator a
essa questão e acabou evidenciando o impacto positivo da dieta mediterrânea na
saúde do cérebro", diz Michelle Luciano, coordenador do estudo.
Os
pesquisadores recolheram informações sobre os hábitos alimentares de 967
pessoas quando elas estavam com cerca de 70 anos. Depois, 562 desses
voluntários fizeram uma ressonância magnética aos 73 para medir o volume do
cérebro e da matéria cinzenta e a espessura do córtex, a camada mais externa do
órgão.
Depois
de três anos, os pesquisados tornaram a fazer uma ressonância magnética para
avaliar as alterações. Dessa forma, os especialistas notaram que as pessoas que
não tinham uma dieta mediterrânea sofreram uma perda de material cinzento 0,5%
maior.
No
entanto, não foi achada uma relação direta entre algum componente específico da
dieta e a desaceleração do envelhecimento do cérebro. "É possível que um dos
alimentos da dieta tenha esse impacto, ou pode ser a combinação de
todos. Nosso estudo evidencia como uma dieta saudável dá uma proteção de
longa duração", conclui Luciano. (ANSA).
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