O
estudo, divulgado na revista médica Gut,
ligado à Sociedade Britânica de Gastroenterologia, comparou o grupo
composto por 20% dos participantes que consumiam mais carne vermelha com os 20%
que consumiam menos. Segundo os pesquisadores, em sua maioria acadêmicos da
Universidade de Harvard, os testes concluíram que os casos de diverticulite
foram 58% mais numerosos no primeiro grupo.
Os
dados foram extraídos de um amplo estudo epidemiológico nos Estados Unidos, que
analisou as respostas de mais de 46 mil homens questionados periodicamente
desde 1986. A cada quatro anos, os participantes responderam a perguntas sobre
seus hábitos alimentares no ano anterior, especificando o seu consumo de carne
vermelha, frango e peixe. As opções variavam desde "nunca ou menos de uma
vez por mês" até "seis vezes por dia ou mais".
Os grandes consumidores de carne vermelha também fumavam mais que a média, praticavam menos
esportes e recorriam mais vezes a anti-inflamatórios e analgésicos. Porém, os
especialistas destacaram que o estudo só mede uma coincidência estatística, sem
expressar uma relação de causalidade.
Mas
a equipe desenvolveu algumas hipóteses, entre elas a de que o consumo elevado
de carnes vermelhas poderia perturbar o equilíbrio das bactérias que vivem no
intestino. A diverticulite é provocada pela inflamação de um ou vários
divertículos – pequenas bolsas de tecido que se formam na mucosa interna do
intestino. A doença é uma condição relativamente comum, mas que pode, em 4% dos
casos, ter consequências graves, como abscessos, peritonite e perfuração do
intestino.
*** Com informações da AFP.
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