Mesmo em tempos de liberação sexual e debates abertos sobre nude, a
vagina segue cercada de tabus. Desde cedo, meninas são ensinadas a tratá-la
como uma zona quase proibida. Nas rodinhas de amigas, ela ainda não entra em
pauta com frequência. Algumas mulheres nunca tiveram coragem de encará-la com
um espelhinho.
O que a gente acha? Já é chegada a hora de tratar a vagina como ela é.
Confira, sete verdades sobre o assunto!
1. Chega de apelidos,
ela merece ser chamada pelo nome próprio.
Pepeca, tcheca, perereca, periquita, xoxota... Tratados como apelidos
“carinhosos”, esses termos são usados para esconder sua real identidade:
va-gi-na! O primeiro passo para se libertar dos preconceitos é tratá-la com
naturalidade. Afinal, estamos falando do órgão sexual feminino.
2. Tem de todas as
formas e tamanhos.
Nos consultórios de estética e clínicas, o mito da vulva “perfeita” eleva
os números de cirurgias e procedimentos de “embelezamento” e
“rejuvenescimento”. Em 2016, 25 mil brasileiras
entraram na faca para corrigir a sua, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica. A vagina da
Barbie -- lisinha e simétrica – é usada como referência. Acabar com o tabu
desta questão é aceitar que nenhuma será igual à outra, e que a assimetria
presente em todo o corpo se estende à região íntima. Pequenos lábios costumam
ser maiores que os grandes lábios – e isso é normal!
3. Pode tocar sim e
sempre.
Um conselho recorrente dado às meninas já na infância é: “Tira a mão daí,
é feio”. A consequência? Segundo a ONG britânica The Eve Appeal, metade das
mulheres com idade entre 26 e 35 anos, não são capazes de apontar os lugares
certos de seu sistema reprodutor. A falta de intimidade com o próprio corpo
alimenta a repulsa e ainda faz cair o índice de idas ao ginecologista. Outra
séria implicação se dá na hora do prazer. Explorar a vulva é fundamental para
conseguir alcançar o orgasmo. Masturbe-se!
4. Ela tem cheiro e
isso é natural.
Sabonete, desodorante vaginal, lenço umedecido, gel... O que não falta
nas prateleiras das farmácias e supermercados são produtos íntimos que camuflam
o cheiro característico da vulva e perfumam a região. Mas precisa mesmo? Não. A
vagina exala naturalmente um odor sutil, levemente ácido. E, além disso, ela é
autolimpante – tem mais perfeição que isso? Especialistas recomendam lavá-la apenas com água na área interna. A higiene excessiva é, na verdade,
preocupante, pois pode esconder sinais de
infecção.
5. Os pelos não são
vilões.
A depilação íntima virou um ritual de higiene e estética, principalmente,
no Brasil. Não à toa, o termo “brazilian wax”, que se refere à retirada total
dos pelos, ganhou o mundo inteiro como uma espécie de modismo. Mas eles não
estão ali por acaso. Os pelos funcionam como uma barreira protetora contra infecções e atritos.
6. Menstruação não é
nojenta.
Na prática, o sangramento nada mais é do que a eliminação do tecido do
endométrio, que cobre a parede interna do útero. Ela acontece duas semanas após
a ovulação, quando não houve a fecundação e, portanto, a gravidez está
descartada. De acordo com o fluxo, a coloração do sangue pode
variar de um marrom mais escuro
ao vermelho intenso. É um processo natural e não há nada de sujo nele. Aliás, a
prática sexual nesta fase
está liberada!
7. Tem de toda cor.
Assim como os formatos, as cores da vagina variam conforme o tom da pele
de cada mulher, das amarronzadas às rosadas, e isso é normal. Esqueça qualquer
conceito de vulva ideal.
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