FONTE: Dilva Frazão, https://www.ebiografia.com
Líder
da Inconfidência Mineira.
Biografia
de Tiradentes.
Tiradentes (1746-1792)
foi o líder da Inconfidência Mineira, primeiro movimento de tentativa de
libertação colonial do Brasil. Ganhou a vida de diferentes maneiras, além de
militar no posto de Alferes, foi tropeiro, minerador, comerciante e se dedicou
também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que
lhe valeu o apelido de Tiradentes. Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes),
embora não tenha sido o idealizador do movimento, teve papel importante na
propagação das ideias revolucionárias junto ao povo, tentando com isso
arregimentar adeptos. Foi traído pelo Coronel Joaquim Silvério dos Reis, foi
preso no Rio de Janeiro e condenado à morte por enforcamento no dia 21 de abril
de 1792. Seu corpo foi esquartejado e exposto pelas ruas de Minas Gerais. O dia
21 de abril é feriado nacional.
Tiradentes (1746-1792)
nasceu na Fazenda do Pombal, localizada entre a Vila de São José, hoje a cidade
de Tiradentes e a cidade de São João del Rei em Minas Gerais. Era filho do
português Domingos da Silva Santos, pequeno fazendeiro e da brasileira
Maria Antônia da Encarnação Xavier. Joaquim José da Silva Xavier era o quarto
filho de sete irmãos. Ficou órfão de mãe com nove anos e dois anos depois morre
seu pai. Para pagar as dívidas, a família perde a propriedade e Tiradentes fica
sob a tutela de um padrinho que era cirurgião e vivia na cidade de Vila
Rica, hoje Ouro Preto.
Tiradentes trabalhou
como mascate e minerador e tornou-se sócio de uma botica de assistência à
pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica e se dedicou também às práticas
farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o
apelido de Tiradentes. Foi Alferes, fazia parte do regimento militar dos
Dragões de Minas Gerais.
Tiradentes começou a
sentir a pressão do reino ao trabalhar, nomeado pela Rainha Dona Maria I, como
comandante da patrulha na rota de escoamento da produção mineradora, o chamado
"Caminho Novo" que levava toda a produção mineira para o porto do Rio
de Janeiro. Portugal exigia que grandes recursos humanos fossem aplicados
exclusivamente na mineração, proibindo o estabelecimento de engenhos na região
de Minas e punindo o contrabando de ouro e pedras preciosas. Não só os mineiros
mas toda a população era obrigada a pagar elevados impostos, o que promovia o
descontentamento geral.
Organizava-se aos
poucos a Inconfidência Mineira, primeiro movimento de tentativa de libertação
colonial do Brasil e a ele aderiu o Alferes Joaquim José da Silva Xavier o
Tiradentes, que foi a alma do movimento. Os conspiradores eram na maioria
grandes proprietários de terra e mineradores como também integrantes do clero.
Tiradentes era um dos poucos pertencentes à classe média empobrecida. As
atividades conspiratórias tornaram-se intensas a partir de 1788, com a
chegada do novo governador de Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça o
Visconde de Barbacena, trazendo a incumbência de decretar a derrama, ou seja, a
cobrança de todos os impostos atrasados.
Tiradentes em viagem ao
Rio de Janeiro procurava conquistar novos adeptos à causa revolucionária. Um
dos elementos que ele procurou convencer foi o coronel Joaquim Silvério dos
Reis que devia grandes somas à Coroa, mas com medo, o coronel resolveu
denunciá-lo ao governador em troca do perdão de suas dívidas. Era março de
1789, o governador suspendeu a derrama e logo depois várias prisões foram
realizadas em Minas Gerais. Tiradentes escondeu-se na casa de um amigo no Rio
de Janeiro, mas foi preso no dia 10 de maio do mesmo ano.
Depois da prisão de 34
pessoas, das quais cinco eram padres, iniciou-se a investigação e o processo
dos acusados, que deveria durar dois anos. O conspirador Cláudio Manuel da
Costa que era de família enriquecida na mineração, que havia estudado em
Coimbra e foi alto funcionário da administração colonial, foi encontrado
enforcado na cela. Tiradentes, acusado como cabeça do movimento negou tudo, mas
depois confessou, sem no entanto acusar qualquer companheiro, como
comprovam as atas do processo.
Em abril de 1792, os
inconfidentes receberam suas penas: onze condenações à morte, cinco a degredo
perpétuo e várias condenações à prisão. Todos perderam os seus bens. Das
condenações à morte só foi mantida a de Tiradentes, sendo as demais
transformadas em degredo perpétuo por D. Maria I.
Tiradentes faleceu no
dia 21 de abril de 1792, executado na Praça da Lampadosa no Rio de Janeiro. Seu
corpo foi esquartejado, ficando sua cabeça exposta em Vila Rica e seus membros
espalhados em postes no caminho entre Minas e Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário