Aplicativos
como Uber, IFood, Rappi, 99 Táxi são a principal fonte de renda de 17% dos 23,8
milhões de trabalhadores autônomos.
Uma pesquisa realizada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostrou que 3,8
milhões, ou seja, 17% dos 23,8 milhões de autônomos brasileiros têm sua
principal fonte de renda o trabalho nos aplicativos. Ou seja, isso significa
que as coisas ficaram mais eficientes e os trabalhos mais acessíveis. No caso
do motorista ou entregador, o legal é as pessoas terem a flexibilidade para
escolher seu horário de trabalho. Já é possível ver essa realidade se
transformando através das relações de emprego que já mudaram intensamente com a
popularização de aplicativos como Uber, iFood e Rappi. Startups como essas,
mudaram a forma de oferecer serviços de transporte e entrega, gerando
oportunidades de trabalho em um formato diferente do convencional.
“O trabalho pelo
aplicativo é muito útil, pois gera uma entrada de renda. Eu passei 3 anos
enviando currículo sem nenhum resultado, então decidi me inscrever para
trabalhar com entregas, pois vi que era uma atividade que vinha crescendo
muito. Isto tem ajudado muita gente que está nessa mesma situação”, conta Joney
dos Santos Souza, que trabalha como entregador através de um aplicativo. Recentemente,
a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) dialogou com uma das
pioneiras dessa transformação, a startup 99 Táxis, que com o tempo se adaptou
ao mercado para rivalizar com o Uber.
Um dos criadores da 99
é Renato Freitas que fala sobre o futuro do trabalho. “Quando introduziram
máquinas elétricas, as profissões mudaram. Quando introduziram telefone,
internet, as coisas mudaram. Internet em tudo quanto é lugar, smartphone e
tecnologia embarcada em praticamente tudo, muda bastante mesmo. Muda para
advogados, para o próprio governo, para a arte. Não acho que é uma coisa nova,
mas acho que a tecnologia sempre mudou o trabalho e mudou para melhor”, afirmou
Freitas.
Um estudo realizado
pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mostra que o avanço da
indústria 4.0 deve criar 30 novas profissões em 8 diferentes áreas, nos
próximos anos. Entre os segmentos beneficiados com novas profissões estão o
automotivo, alimentos, máquinas e construção civil. “O cenário atual da digitalização
em diversas profissões e as projeções de como as relações de trabalho devem se
transformar estão juntamente com as novas demandas e tecnologias”, comenta o
Coordenador de Economia Digital da ABDI, Rodrigo Rodrigues.
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