Resumo da
notícia
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O
leite integral é o mais indicado para a população em geral, pois preserva
mais vitaminas
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Quem
tem colesterol alto ou outros, entretanto, deve apostar na versão desnatada
ou semidesnatada
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O
mais importante é não deixar de consumir a bebida se você não tem restrições
alimentares, pois ela é a fonte mais acessível de cálcio na dieta
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Isso porque as
diferenças entre eles não estão apenas na quantidade de gorduras, mas também no
teor de nutrientes importantes para a saúde. As vitaminas A, K e D, presentes
no leite, são lipossolúveis e, por isso, vão embora quando a gordura é retirada
da bebida.
"Algumas marcas fazem a reposição, mas nem todas, e é difícil obter essas substâncias por outras fontes alimentares, em especial a vitamina D", destaca Nágila Raquel Teixeira Damasceno, diretora do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).
Fora que a gordura
saturada do leite, embora deva ser ingerida com moderação, desempenha um papel
no organismo. Ela não é de um tipo que só eleva o colesterol LDL, considerado
ruim, mas também colabora para aumentar o HDL, com efeitos positivos no
organismo. Para que essa ação seja benéfica mesmo, é preciso considerar a soma
de lipídios na comida durante todo o dia.
Afinal,
o que muda em cada tipo?
Legalmente, a diferença
está no teor de gordura em cada um. O integral contém em torno de 3% de gordura
em sua composição, o desnatado leva menos de 0,5%. Já o semidesnatado é o meio
termo: possui entre 0,6 e 2,9% de lipídios.
A retirada do nutriente
altera o sabor do leite. Tanto que muita gente não gosta do desnatado pois ele
é menos consistente e saboroso --por outro lado, quem não é muito fã do gosto
de leite costuma preferir a versão com menos gordura.
O fabricante não é
obrigado a devolver ao leite desnatado as vitaminas retiradas durante a
produção, mas diversas marcas já fazem isso. Vale ficar atento ao rótulo na
hora de comprar.
Quem
deve tomar o leite desnatado?
Pessoas que já tem
problemas como colesterol alto de difícil controle, hipertensão, obesidade,
síndrome metabólica e dislipidemia --elevação do nível de gorduras no sangue.
Para eles, as gorduras saturadas em excesso podem aumentar o risco de problemas
cardiovasculares.
Mas, se o objetivo for emagrecer
e a pessoa tiver um sobrepeso leve, vale olhar para outras fontes do nutriente
da dieta antes de retirar o leite integral. O problema é a quantidade, então se
o cardápio já for cheio de carnes vermelhas, embutidos e industrializados,
esses exageros devem ser considerados primeiro, junto com outras bombas
calóricas.
"Por exemplo,
vamos reduzir o açúcar do suco de caixinha e do cafezinho ao invés de sugerir a
retirada do leite integral, que é um alimento completo e saudável",
destaca Damasceno. Vale procurar no mercado os rótulos que apontam menos
gordura saturada - o consumo não deve ultrapassar 10% das calorias diárias e 7%
para quem tem risco de panes cardíacas.
Neste sentido, o
semidesnatado é um meio termo interessante, pois preserva parte da textura do
leite e tem um teor mais baixo de gorduras e calorias. "Quem tem tendência
a ganhar peso pode apostar nele, assim como pessoas que não conseguem se
acostumar com o desnatado e precisam tomá-lo", ensina Clarissa Fujiwara,
nutricionista da Associação para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica
(Abeso).
E
no caso do iogurte?
Aqui a história é um
pouco diferente. Apesar de ser rico em proteínas, o iogurte tem cinco vezes
mais carboidrato do que o leite e é facilmente digerido pelo organismo, liberando
essa energia toda rápido na corrente sanguínea - a que não é utilizada é
armazenado como gordura. Portanto, se estiver precisando controlar o peso,
fique com o desnatado mesmo.
Só
não vale deixar de tomar leite.
Todos os especialistas
ouvidos pela reportagem destacaram que evitar o consumo de laticínios é errado
e pode colocar a saúde em risco. Apesar de existirem outras fontes de cálcio na
alimentação, o leite não só é mais barato como o mineral dele é melhor
absorvido pelo organismo, graças à lactose e a vitamina D presentes na bebida.
O cálcio é fundamental
para manter a saúde dos ossos, especialmente depois dos 30 anos, quando nosso
esqueleto começa a perder suas reservas do nutriente. "Fora o teor de
vitaminas e proteínas de alto valor biológico, que são as mais completas",
ensina Fujiwara. A recomendação é consumir até 3 porções de lácteos por dia.
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