Pesquisadores do
Scripps Research Institute provaram que o vírus surgiu de mutações na
natureza.
O novo coronavírus (Sars-CoV-2) surgiu de
mutações na natureza e não foi criado em laboratório manipulando
o vírus Sars. É o que aponta um grande
estudo realizado por pesquisadores do Scripps Research Institute e publicado na
revista especializada “Nature Medicine”.
“Em meio a uma emergência sanitária global da Covid-19, é compreensível
entender o porque é importante conhecer a origem da pandemia. Entender
detalhadamente como um vírus animal fez um salto de espécie para infectar o
homem de maneira tão eficaz nos ajudará a prevenir eventos similares no
futuro”, escreveram os especialistas.
Analisando as características genéticas do Sars-CoV-2, “não acreditamos
que seja plausível qualquer cenário que leve à criação em laboratório”, pois
ele tem características “incontestáveis” de vírus natural. Segundo a equipe
pesquisadores, que inclui especialistas norte-americanos, britânicos e
australianos, agora é preciso descobrir em qual etapa ele desenvolveu
características tão específicas e próprias – se quando invadiu o hospedeiro ou
apenas depois de contaminar os humanos.
Recentemente, diversas teorias conspiratórias acusavam a China de ter
criado o vírus propositalmente em laboratório. Por conta disso, diversas crises
diplomáticas aconteceram – inclusive com o governo
brasileiro.
Nesta quarta-feira (25), um vídeo publicado pela emissora italiana RAI em
2015 foi divulgado nas redes sociais dos italianos, voltando a causar uma onda
de desinformação. Nas imagens, havia a informação de que os chineses estavam
criando um vírus para testes em animais e para analisar as reações dos ratos e
morcegos.
Aproveitando a publicação, o líder do partido ultranacionalista Liga
Norte, Matteo Salvini, chegou a fazer uma postagem acusando os chineses de
criarem o vírus em laboratório e pedindo que o governo italiano abrisse uma
investigação sobre o caso.
O ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, rebateu os
questionamentos de Salvini, dizendo que o político só está em busca de “likes
nas redes sociais” “Ele que fale sozinho. Enquanto o Estado conta os mortos e
se desdobra para ajudar os médicos, parece que eles acham correto encontrar
qualquer notícia que possa causar pânico para ganhar alguns likes nas redes
sociais, para nutrir a raiva, o medo, o desalento. Não lhe interessa o país.
Não dão a mínima para nada porque, na verdade, isso é conveniente para eles:
causar terror”, afirmou.
A postura de Di Maio de afastar rapidamente esse tipo de questionamento
também evita qualquer problema com o governo chinês, que tem sido um dos
maiores apoiadores para que a Itália combata a pandemia, com o envio de
equipamentos, equipes de médicos e especialistas, além de doações em geral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário