FONTE: , Jan Niklas, https://extra.globo.com/
Mais comuns em adultos, a gengivite e a periodontite são doenças bucais que também podem atingir as crianças. Dessa forma, dentistas reforçam a necessidade de prevenção desde o primeiro ano dos bebês para tentar evitar o desenvolvimento dessas doenças.
Apesar de ser rara em crianças, um novo estudo sobre a periodontite conduzido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e publicado na Scientific Reports descobriu que pais com a doença podem transmitir para os filhos as bactérias que causam a infecção bucal.
O estudo comparou pais com e sem periodontite. Em
algumas crianças, em que os pais tinham a doença, foram encontradas bactérias
causadoras da infecção de forma precoce. Porém, segundo a pesquisa, herdar
esses microrganismos não significa que as crianças irão desenvolver a doença na
infância ou fase adulta.
A gengivite é uma inflamação que causa inchaço, vermelhidão das gengivas e mau hálito. Sangramentos na hora da escovação ou de passar o fio dental também são características da doença que está relacionada à má higiene bucal e ao acúmulo de placa bacteriana.
Segundo o cirugião-dentista Sérgio Kahn, ao tomar os cuidados corretos de higiene desde a primeira infância são essenciais para evitar a doença.
– Usar uma escova dental de qualidade nas crianças, passar o fio dental e visitar o odontopediatra regularmente são essenciais para não desenvolver esse tipo de inflamação – diz Kahn.
Ele ressalta que gengivite mal tratada pode levar ao desenvolvimento da periodontite. Porém, nem todo mundo é suscetível à doença, muitos casos podem ficar somente na gengivite.
Mais agressiva, a periodontite tem sintomas parecidos, como inchaço, sangramento nas gengivas e mau hálito, mas pode levar a perda de tecido ósseo e até a perda de dentes. Caso as bactérias que desencadeiam a periodontite caiam na corrente sanguínea, outras infecções graves no corpo podem ser geradas.
Mas, mesmo com a higiene bucal correta, essas colônias de bactérias podem seguir no organismo das crianças, o que exige cuidados maiores para trabalhar a prevenção. Portanto, os pais devem ficar atentos aos sinais e procurar ajuda especializada para um diagnóstico precoce da doença e poder controlar eventuais complicações.
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