FONTE: Jolivaldo Freitas (TRIBUNA DA BAHIA).
Quem acredita em Deus, e por extensão no diabo, deve estar se perguntando onde Ele estará. Nos últimos dias têm acontecido muitos fatos que comprovam que o Senhor, se existe mesmo - pois não o conheço, e só ouvi sua voz umas duas vezes no cinema, levado por minha avó que era carola de fazer calos nos joelhos; e mesmo assim quando ouvi sua voz me borrei de medo e nunca mais que quis saber dele – se picou, escafedeu, deu o ninja, sumiu, tirou de banda, tirou da reta e safou-se deste mundinho nosso, que só tem fariseu e assim nem Zeus, nem Oxalá, e nem Charleston Heston em suas melhores atuações, aguenta.
O nome de Deus está sendo usado de todas formas e para vários expedientes. No final de semana, vi um atacante do Botafogo do Rio de Janeiro correr para a bola, meter a mão fingindo que estava colocando a cabeça. Foi gol, enganou juiz e bandeirinha e depois agradeceu a Deus. E Deus, se existisse, ou caso exista e aqui estivesse, teria mandado um dos seus prestimosos anjos lançar um raio de mil megatons para fritar o indigitado. Pois, do jeito que foi feito, pareceu que Deus deu uma ajudinha, cegando os juízes, para que validassem o tento. Lembre que num jogo de Copa do Mundo entre Inglaterra (que professa a Igreja Ortodoxa) e a Argentina (Católica, Apostólica e Romana) Maradona decidiu o campeonato com um gol de mão. E disse textualmente:
- Foi a mão de Deus.
E Deus não disse, nada, engoliu calado, não se defendeu, não protocolou um protesto na Fifa, não impugnou o jogo e nem advogado constituiu. Estranho! Muito estranho!
Para não dizer que não soube de Deus, semana passada, o Jornal Nacional da Globo, talvez incomodada pelo crescimento em termos de audiência da TV Record, mostrou o quanto o nome do senhor é usado de forma malandra ( e ele não diz nada?). Imagens do bispo Edir Macedo contando milhões de cédulas de todos os valores e rindo, feliz, com o resultado alcançado. Tudo em nome de Deus. Na coleta dos dízimos dos fiéis da Igreja Evangélica fazia terrorismo em nome do homem. Colocou no ar fortes imagens – e nem pediu que crianças e mulheres saíssem da sala para evitar um trauma, um choque que fosse – em que ensina seus acólitos a pressionarem os fiéis para que dessem dinheiro, mais dinheiro, muito mais dinheiro, se não tem dinheiro que dessem casa, carro, apartamento, dentadura ou até a prótese peniana. E Deus lá, sem atar e nem desatar. Ou longe disso tudo, cansado que deve estar de tantos: Edir, Hitler, Lula, Mercadante, Sarney, Dirceu, Dilma, FHC, Collor, Paulo Carneiro, Átila, Nero, George Bush, general Custer, general Médici, Hugo Chavez, Stálin e até Torquemada, esse, inclusive, que dizia queimar todos em nome de Deus.
E ontem presenciei um artesão e um vendedor de sei lá o quê, no Porto da Barra, tentando empurrar para um turista alemão uma mistura de pó de azulejo, talco e outras coisas mais, como se fosse cocaína (e como se vender cocaína fosse a coisa mais natural do mundo). O visitante se queixava da qualidade do pó e ele garantia “por Deus” que era cocaína da melhor qualidade. E Deus nem para enviar uma tsunami.
Deus, por onde andarás? Vê se dá as caras. O diabo está solto.
Quem acredita em Deus, e por extensão no diabo, deve estar se perguntando onde Ele estará. Nos últimos dias têm acontecido muitos fatos que comprovam que o Senhor, se existe mesmo - pois não o conheço, e só ouvi sua voz umas duas vezes no cinema, levado por minha avó que era carola de fazer calos nos joelhos; e mesmo assim quando ouvi sua voz me borrei de medo e nunca mais que quis saber dele – se picou, escafedeu, deu o ninja, sumiu, tirou de banda, tirou da reta e safou-se deste mundinho nosso, que só tem fariseu e assim nem Zeus, nem Oxalá, e nem Charleston Heston em suas melhores atuações, aguenta.
O nome de Deus está sendo usado de todas formas e para vários expedientes. No final de semana, vi um atacante do Botafogo do Rio de Janeiro correr para a bola, meter a mão fingindo que estava colocando a cabeça. Foi gol, enganou juiz e bandeirinha e depois agradeceu a Deus. E Deus, se existisse, ou caso exista e aqui estivesse, teria mandado um dos seus prestimosos anjos lançar um raio de mil megatons para fritar o indigitado. Pois, do jeito que foi feito, pareceu que Deus deu uma ajudinha, cegando os juízes, para que validassem o tento. Lembre que num jogo de Copa do Mundo entre Inglaterra (que professa a Igreja Ortodoxa) e a Argentina (Católica, Apostólica e Romana) Maradona decidiu o campeonato com um gol de mão. E disse textualmente:
- Foi a mão de Deus.
E Deus não disse, nada, engoliu calado, não se defendeu, não protocolou um protesto na Fifa, não impugnou o jogo e nem advogado constituiu. Estranho! Muito estranho!
Para não dizer que não soube de Deus, semana passada, o Jornal Nacional da Globo, talvez incomodada pelo crescimento em termos de audiência da TV Record, mostrou o quanto o nome do senhor é usado de forma malandra ( e ele não diz nada?). Imagens do bispo Edir Macedo contando milhões de cédulas de todos os valores e rindo, feliz, com o resultado alcançado. Tudo em nome de Deus. Na coleta dos dízimos dos fiéis da Igreja Evangélica fazia terrorismo em nome do homem. Colocou no ar fortes imagens – e nem pediu que crianças e mulheres saíssem da sala para evitar um trauma, um choque que fosse – em que ensina seus acólitos a pressionarem os fiéis para que dessem dinheiro, mais dinheiro, muito mais dinheiro, se não tem dinheiro que dessem casa, carro, apartamento, dentadura ou até a prótese peniana. E Deus lá, sem atar e nem desatar. Ou longe disso tudo, cansado que deve estar de tantos: Edir, Hitler, Lula, Mercadante, Sarney, Dirceu, Dilma, FHC, Collor, Paulo Carneiro, Átila, Nero, George Bush, general Custer, general Médici, Hugo Chavez, Stálin e até Torquemada, esse, inclusive, que dizia queimar todos em nome de Deus.
E ontem presenciei um artesão e um vendedor de sei lá o quê, no Porto da Barra, tentando empurrar para um turista alemão uma mistura de pó de azulejo, talco e outras coisas mais, como se fosse cocaína (e como se vender cocaína fosse a coisa mais natural do mundo). O visitante se queixava da qualidade do pó e ele garantia “por Deus” que era cocaína da melhor qualidade. E Deus nem para enviar uma tsunami.
Deus, por onde andarás? Vê se dá as caras. O diabo está solto.
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