sexta-feira, 5 de março de 2010

BAHIA TEVE MAIOR NÚMERO DE GAYS ASSASSINADOS EM 2009, DIZ GGB...

FONTE: CORREIO DA BAHIA.

A Bahia foi o estado com maior número de gays assassinados em 2009, sgundo relatório divulgado na quarta-feira (3) pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Em todo o Brasil, foram assassinados no ano passado 198 homossexuais, 9 a mais do que em 2008 - foram mortos 117 gays (59% do total), 72 travestis (37%) e 9 lésbicas (4%). De acordo com o relatório, esse número coloca o Brasil como o país em que mais crimes deste tipo acontecem - à frente México (35) e EUA (25).
Segundo o levantamento, realizado pelo GGB anualmente, Bahia e Paraná são os estados com mais crimes ligados à homofobia: 25 cada um, sendo que na Bahia a morte de gays foram mais numerosas (21), enquanto que no Paraná morreram mais travestis (15). Proporcionalmente, Alagoas é o estado mais violento para a comunidade LGBT: 11 mortes para 3 milhões de habitantes.
Das cidades, Curitiba é a que teve mais homossexuais assassinados: foram 14 vítimas. Salvador aparece em segundo, com 11 casos. Os estados do Acre e Amapá não foram contabilizados por falta de informação.
A região com maior número de assassinato do tipo foi a Nordeste (39%), seguida por Sudeste (21%), Sul (15%), Centro-Oeste (14%) e Norte (10%). Os homicídios registrados aconteceram 61% em cidades de interior e 39% nas capitais. Os homossexuais, travestis e lésbicas mortos eram jovens - 41% tinham até 29 anos de idade.
Em nota oficial do GGB, o antropólogo Luiz Mott diz que 'estes números são apenas a ponta de um iceberg de sangue e ódio, pois não havendo estatísticas governamentais sobre crimes de ódio, nos baseamos em notícias de jornal e internet, uma amostra assumidamente subnotificada'.
O GGB ameaça denunciar o Governo brasileiro junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU) caso nenhuma providência mais efetiva seja tomada para proteger os direitos e a vida da comunidade GLBT. Para ver o relatório completo tabelado de acordo com os dados, acesse o site do GGB.

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