quinta-feira, 4 de março de 2010

COMEÇA NA SEGUNDA (08) VACINAÇÃO CONTRA INFLUENZA A (H1N1)...

FONTE: Karoline Meira (TRIBUNA DA BAHIA).

A vacinação contra a Influenza A (H1N1) começa nesta segunda-feira (08) na Bahia e vai até dia 21 de maio , seguindo um cronograma divido em quatro etapas para públicos prioritários.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o procedimento em etapas facilitará o armazenamento e a distribuição da vacina.
Já foram registrados 1.344 casos suspeitos, com 206 confirmados. 14 pessoas morreram, sendo uma em Salvador.
CONFIRA AS ETAPAS:
1ª ETAPA (8 a 19 de março) – Trabalhadores de saúde e população indígena aldeadaA vacinação dos trabalhadores de saúde tem como principal finalidade manter os serviços de saúde de referência para atenção ao portador/ suspeito do vírus da Influenza A e a rede de atenção básica que é porta de entrada para as pessoas de potencial risco. Para essa estratégia será considerado como trabalhador de saúde aquele profissional que possui possibilidade de contrair a doença no contato com possíveis suspeitos, e assim comprometer o atendimento à população. Estão incluídos nessa etapa profissionais da atenção básica, unidades de média e alta complexidade, bem como os profissionais de laboratório e de vigilância epidemiológica, que atuam em investigações de casos. É importante ressaltar que todos esses profissionais devem ser vacinados, independente da idade.
A EXCEÇÃO é para mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez, já que mulheres com esse perfil tomarão uma vacina específica. Os profissionais de saúde devem comprovar sua atuação através de carteiras do seu conselho profissional, contra cheque ou crachás.Quanto à população indígena aldeada, a vacinação será indiscriminada, a partir dos seis meses de idade. Como Salvador não possui pessoas com esse perfil, não haverá vacinação na capital baiana. A população indígena deverá procurar o imunobiológico na região em que vive.
2ª ETAPA (22 de março a 2 de abril) – Gestantes, portadores de doenças crônicas com menos de 60 anos e crianças com idade entre 6 meses e menos de dois anos (um ano, 11 meses e 29 dias).Todas as grávidas deverão ser vacinadas, independente da idade e do tempo de gestação. Este perfil também representa importante percentual dos pacientes hospitalizados: entre 7% e 10%. As gestantes internadas têm dez vezes mais possibilidades de ocuparem unidades de cuidado intensivo quando se compara à população geral, constituindo grupo de elevado risco. É importante ressaltar que a vacina aplicada nessa etapa NÃO compromete a gravidez, sendo recomendada pela Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde, Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Os portadores de doenças crônicas com menos de 60 anos também devem procurar a vacina contra Influenza A (H1N1) nessa etapa. Esse grupo precisa ser protegido por já se encontrar em situação de vulnerabilidade, podendo apresentar quadros de maior gravidade e morte. Na pandemia de 2009, as pessoas portadoras de doenças respiratórias crônicas foi o de maior freqüência, com 24,4% dos registros, seguido das doenças cardiovasculares e dos portadores de doenças renais. Estão incluídos no grupo de portadores das doenças crônicas: pessoas com grande obesidade; doença respiratória crônica desde a infância; asmáticos; doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória; pessoas com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas; pessoas com diabetes; doença pulmonar obstrutiva crônica; pessoas com doença hepática; renal/ hematológica; portadoras da síndrome clínica de insuficiência cardíaca e outros. As crianças com doença crônica que tenham entre 2 e 9 anos receberão duas doses da vacina. As crianças com idade entre 6 meses e menos de 2 anos também deverão ser vacinadas nessa etapa. A vacinação desse grupo se justifica pelo fato das taxas de hospitalização na vigência da pandemia terem sido elevadas em crianças muito pequenas, com um percentual de 1% a 10% daquelas que necessitaram de internação e, dentre estas, 10% a 15% demandaram atenção diferenciada em unidades de cuidados intensivos e destas, 2% a 9% foram à óbito. Essas crianças deverão receber duas doses da vacina. A segunda será agendada para 30 dias depois da primeira e, portanto, garantida para crianças com mais de dois anos se iniciada antes de completar dois anos. Os pais ou responsáveis ao levarem suas crianças deverão portar caderneta de vacinação.
3ª ETAPA (5 a 23 de abril) – Vacinação da população adulta de 20 a 29 anosAs pessoas com essa faixa etária foram as mais infectadas durante a pandemia da Influenza A no ano passado no Brasil, e por isso fazem parte da terceira etapa de vacinação. Por ser um segmento que envolve estudantes, trabalhadores e donas de casa, ou seja, pessoas que enfrentam algumas dificuldades na busca da vacinação, o Ministério da Saúde propôs a realização de um sábado de vacinação, no dia 10 de abril. A pessoa deverá apresentar um documento de identidade ou caderneta de vacinação.
4ª ETAPA (24 de abril a 7 de maio) – Vacinação da população com mais de 60 anos com doenças crônicas e crianças com idade entre seis meses e menos de dois anos de idadeOs idosos portadores de doenças crônicas deverão ser vacinados nessa etapa, coincidindo com a campanha nacional de vacinação dos idosos contra a influenza (gripe comum), sendo que os portadores de doenças crônicas tomarão as duas vacinas evitando duas visitas a unidade de saúde para vacinação. Também durante a 4ª etapa, as crianças que tomaram a primeira dose da vacina deverão procurar as unidades de saúde para receber a segunda dose. Os pais ou responsáveis ao levarem suas crianças deverão portar caderneta de vacinação.
5ª ETAPA (10 a 21 de maio) – VACINAÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA DE 30 A 39 ANOS.
A vacinação acontecerá de segunda a sexta-feira em unidades de saúde do município, hospitais públicos e particulares, além de instituições que se interessarem e possuam estrutura básica para aplicação da vacina. Em dois sábados a vacinação estará disponível: 10 de abril (3º etapa) e 24 de abril (4ª etapa).
De acordo com a chefe de imunização da Vigilância Epidemiológica de Salvador, Ana Rita Vasconcelos, algumas observações devem ser levadas em conta antes de buscar a vacina. “As pessoas que se enquadram em algum dos públicos prioritários deverão respeitar as etapas nas quais elas pertencem, já que o medicamento é específico para cada uma delas. Por isso, é importante ressaltar que as mulheres que estão ou suspeitam estar grávidas não deverão tomar a vacina durante a primeira etapa da estratégia”. Ana Rita lembra, no entanto, que a vacina não possui contra indicação, mas as pessoas que estiverem com febre no momento que procurarem o serviço, a aplicação da referida vacina deverá ser adiada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário