quinta-feira, 4 de março de 2010

LIVRE-SE DAS DORES...

FONTE: Fausto Fagioli Fonseca (o2porminuto.uol.com.br).
Saiba quais são os melhores métodos para aliviar o desconforto muscular depois de uma competição ou treino mais forte.
Em algum momento da sua vida de corredor você já deve ter sentido um certo desconforto ou dor muscular em alguma parte de seu corpo após a prática da atividade física. Essas dores, que normalmente surgem por causa das micro-lesões musculares decorrentes da prática do esporte em um nível superior ao que o atleta pode suportar, são comuns, e merecem atenção.“O desconforto no dia seguinte, que nem sempre é exatamente no dia seguinte ou mesmo a dor, são sistemas de proteção para que o indivíduo não execute atividade, pelo menos naqueles grupos musculares envolvidos, até que ele seja reparado. Sempre que fazemos uma atividade de nível moderado à forte haverá, consequentemente, um processo inflamatório no setor envolvido”, explica Paulo Correia, mestre em fisiologia do exercício pela UNIFESP e ex-atleta olímpico.Nem todas as dores, porém, são “comuns”. Algumas são decorrentes de lesões mais sérias, que devem ser tratadas. Para saber reconhecer a diferença entre uma contusão que pode lhe trazer um risco maior e uma dor que faz parte do treino, o fisiologista do exercício Cláudio Pavanelli, do Núcleo de Desenvolvimento da Performance Humana, dá a dica.“A dor referente à lesão normalmente é em um ponto específico do músculo, e fácil de identificar e apontar. Essa dor não passa em um ou dois dias. Já a dor referente à atividade física acima da capacidade do praticante, aparece no músculo como um todo, e em algumas horas diminui, desaparecendo em cerca de um dia”, fala.
COMO LIVRAR-SE DELAS?
“A forma de minimizar estas sensações é através de um treinamento adequado”, enfatiza Pavanelli. Treinamento adequado é aquele em que o atleta conhece seu corpo e respeita seu limite físico durante as passadas. “O corredor deve adequar a carga de treinamento (intensidade e volume) e a carga que o seu sistema muscular, articulações e ossos suportam”, finaliza.Mas e se, mesmo assim, os incômodos persistirem? Aí é hora de experimentar algumas sugestões dos fisiologistas. “Uma massagem suave pode ajudar pelo fato da circulação ser acelerada nas regiões envolvidas, mas os resultados são baixos. Outra forma seria a massagem com gelo. Esta sim tem confirmação científica e mostra bons resultados quanto à dor”, diz Correia.A utilização de gelo para minimizar dores, também chamada de crioterapia, é utilizada há muito tempo por atletas de várias áreas. Porém, apesar de ajudar a diminuir as dores, ela não serve para a recuperação da lesão, como explica Cláudio Pavanelli.“A utilização de (gelo) está sendo muito utilizada, às vezes de forma incorreta. É uma forma muito potente e indicada para diminuir a sensação de dor devido seu alto poder analgésico e antiinflamatório, isso quer dizer, minimiza a sensação de dor, mas não faz a recuperação (principalmente metabólica) da estrutura muscular. A orientação para o objetivo analgésico e antiinflamatório deve ser feita por um profissional qualificado, principalmente em questão do tempo de exposição e frequência”, completa.
Para mais informações sobre a utilização da crioterapia clique aqui.
ANTIINFLAMTÓRIOS.
Para se livrar da dor, muitos atletas buscam nos antiinflamatórios a solução definitiva após os treinos e provas. Porém, o uso de medicamentos sem prescrição médica pode acarretar problemas mais sérios, além de não ter uma recuperação adequada.“Além de impedir o processo de recuperação, haverá uma falsa sensação de recuperação e um mascaramento de uma de uma possível contusão (caso seja usado o antiinflamatório sem orientação), levando o indivíduo ao risco de agravar o problema”, conclui Correia.

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