terça-feira, 17 de julho de 2012

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL VAI ALÉM DA PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ...



FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.

Cólicas, irritabilidade, acne, seborreia, corpo inchado e aumento do volume de pelos no corpo são alguns dos incômodos que muitas mulheres passam por causa de alguma alteração no ciclo menstrual. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, estes sintomas atingem cerca de 70% das brasileiras.

A doutora Angela Maggio da Fonseca, professora associada e livre-docente da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), reforça que existe tratamento para ajudar a amenizar os sintomas: a pílula anticoncepcional.

Para eliminar os mitos sobre o medicamento, a especialista explica detalhadamente todos os benefícios apresentados pelos contraceptivos:

CONTROLE DA TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL (TPM).
Depressão, irritabilidade, fadiga, alteração do apetite, dores de cabeça, inchaço e distúrbio do sono estão na lista de queixas das mulheres que sofrem com a TPM. A pílula anticoncepcional é indicada nesses casos, pois a tensão pré-menstrual nada mais é do que o nível de hormônio alterado no corpo da mulher e a pílula controla a taxa hormonal do organismo. Além disso, algumas pílulas ajudam a diminuir a retenção de líquido, como aquelas à base de drospirenona.

MENSTRUAÇÃO IRREGULAR.
Muitas mulheres apresentam irregularidades no ciclo menstrual, fugindo do padrão normal de intervalos entre uma menstruação e outra. Em muitos casos a menstruação irregular ocorre por desequilíbrio hormonal. Desta maneira, a melhor “arma” para combater o problema é o uso do anticoncepcional, que ajuda a regularizar a taxa hormonal no corpo da mulher.

SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO.
A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é um dos distúrbios mais frequentes em mulheres em idade reprodutiva. Aproximadamente 4% a 7% das brasileiras nesta faixa, que se estende do início da menstruação à menopausa, apresentam o problema, que é uma das maiores causas de infertilidade. Essa condição afeta a produção hormonal e provoca aumento dos hormônios masculinos, os androgênios, no organismo da mulher.

Estas alterações decorrem de duas causas distintas: ou porque os ovários respondem de maneira anormal aos estímulos dos hormônios do cérebro; ou porque os estímulos do cérebro são irregulares. Como consequência, a mulher deixa de ovular todos os meses e passa a apresentar diversas manifestações no corpo. A partir do diagnóstico positivo, o médico define junto com a paciente o tratamento que será seguido. Caso a intenção seja a melhora do ciclo menstrual e da pele, pode-se optar por tratamento de controle hormonal com uma pílula que contenha acetato de ciproterona. Hoje, é a terapia mais indicada para esta patologia.

USO PRECOCE DO MEDICAMENTO.
A pílula anticoncepcional pode ser tomada, desde que o caso seja orientado e acompanhado por um médico. Seu uso não confere risco de infertilidade futura e não interrompe o crescimento. As doses de estrogênio (hormônio feminino) nas pílulas atuais são extremamente baixas e, por isso, não causam danos no desenvolvimento da mulher e nem de uma futura gravidez planejada.

OUTRAS INDICAÇÕES.
Devido ao controle hormonal que os anticoncepcionais estão atrelados, quando a mulher apresenta algum sintoma indesejado relacionado com o período menstrual, o medicamento é recomendado.

A BAIXA DOSAGEM.
As pílulas de baixa dosagem têm as taxas hormonais mais baixas, porém o efeito de contracepção é o mesmo, assim como o de diminuição do fluxo menstrual.

REDUZ O RISCO DE DOENÇAS EM GERAL.
O uso da pílula anticoncepcional reduz os riscos de gravidez ectópica, acne, queda de cabelo, diminui o crescimento dos pelos e ameniza os sintomas da pré-menopausa. É fundamental que seu uso seja sempre orientado e acompanhado por um ginecologista, pois, como qualquer medicamento, a pílula anticoncepcional pode ter efeitos colaterais indesejáveis.

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