FONTE: Cármen Guaresemin, do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Embora a ansiedade não seja considerada pelos
especialistas uma doença e sim uma reação normal do organismo - quando passa a
prejudicar o cotidiano das pessoas é necessário procurar a ajuda de um
profissional. De acordo com o psicólogo do Hospital Nossa Senhora das Graças de
Curitiba José Roberto Palcoski, a ansiedade pode ter alguns níveis e estar
relacionada a algum fator ou não.
"Todos nós temos ansiedade, e é normal e bom, pois
ela nos move para concretização de nossos objetivos de vida, contudo, se torna
um problema quando começa a atrapalhar nossa rotina e nossas relações",
destaca. Alguns sinais podem ser percebidos no dia a dia, entre eles: sensação
de aflição, agonia, impaciência e inquietação.
Existem diversos tratamentos psicoterápicos para a ansiedade, medicamentosos ou relacionados a alguma psicoterapia. "Para cada nível de ansiedade há uma forma diferente de realizar o tratamento - desde o trabalho frente ao pensamento que cerca a situação ansiogênica, até a combinação de medicações e psicoterapia", explica o psicólogo.
Existem diversos tratamentos psicoterápicos para a ansiedade, medicamentosos ou relacionados a alguma psicoterapia. "Para cada nível de ansiedade há uma forma diferente de realizar o tratamento - desde o trabalho frente ao pensamento que cerca a situação ansiogênica, até a combinação de medicações e psicoterapia", explica o psicólogo.
Entre os tratamentos estão psicologia analítica,
psicanálise, cognitiva comportamental, com técnicas de relaxamento, hipnose e o
apoio social. "Poderíamos dizer que os principais tratamentos seriam o
medicamentoso, orientado por médico psiquiatra em conjunto com psicoterapia
individual e ou grupo", enfatiza.
Já o acompanhamento psicológico é importante, pois a
ansiedade é um pensamento, uma sensação persistente - sendo o psicólogo o
profissional capacitado e treinado para lidar com estas situações. "Desde
o mapeamento de sua origem até a cura plena da situação", explica
Palcoski.
Níveis
de serotonina.
"Grande parte das pessoas que convivia com a ansiedade patológica, após
tratamento, passa a retomar suas atividades de forma satisfatória, já que, uma
vez diagnosticado o distúrbio precocemente, maiores as chances de se alcançar
melhores resultados", diz Daniela Caetano Gonçalves, nutricionista e
professora da Universidade Gama Filho, de São Paulo.
Gonçalves ressalta que, além dos tratamentos convencionais, é importante
lembrar que alguns alimentos que apresentam aminoácidos e vitaminas essenciais,
que atuam no combate à ansiedade e elevam os níveis de serotonina, são opções
que podem trazer bem-estar e relaxamento para aqueles que sofrem desse mal.
"Quem é ansioso deve evitar alguns alimentos ou até mesmo excluí-los,
dependendo do nível do problema", afirma a também nutricionista Eliana
Louzada, mestre em educação física e docente em cursos de pós-graduação da
Universidade Gama Filho. Ela inclui nesta lista aqueles à base de açúcar como
bolos e pudins; achocolatados que contenham açúcar e o próprio, além de
sorvetes.
Palcoski diz que é importante ressaltar que muitas vezes a alimentação é uma
via de escape para quem possui algum grau de ansiedade, sendo então necessário
verificar como esta o relacionamento desta com a sua alimentação. "Se a
pessoa usa a alimentação para diminuir sua ansiedade, então, é necessário que
se estude o que se está comendo, quando e por qual motivo. Pois, se houver erro
ou abuso, será um 'tiro no pé'".
Sem
evidências.
O médico psiquiatra e pesquisador do Programa de
Transtornos do Humor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de
São Paulo, Fernando Fernandes, afirma que não há evidências científicas de que
podemos controlar a ansiedade por meio da alimentação.
"Fazendo uma busca nos últimos estudos, não
encontramos nada relatado. Alguns estudos em animais apontam que a restrição
alimentar pode diminuir agudamente a ansiedade. A relação entre ansiedade e
alimentação é outra: a ansiedade induz a hábitos alimentares não saudáveis,
principalmente pelo aumento da ingestão de carboidratos e alimentos
gordurosos", diz.
Fernandes indica uma alimentação variada e equilibrada – rica em frutas, vegetais folhosos, carboidratos complexos (como feijões e cereais integrais) e proteínas de baixo teor de gordura saturada (carnes magras, leite desnatados etc). "Isso tudo é importante para promoção global da saúde, inclusive mental".
O psiquiatra dá algumas dicas: "Comer devagar é importante, pois o sentimento de saciedade leva em torno de vinte minutos para se estabelecer. Mastigar bem os alimentos é outra dica: quem mastiga bem, em geral sente-se saciado ingerindo menos calorias. Vale salientar que o tratamento para os transtornos ansiosos deve ser medicamentoso e psicoterápico. Associado a isso, deve haver mudança no estilo de vida tais como alimentação saudável e prática de atividade física e de lazer devem ser incorporadas ao dia-a-dia do paciente".
Fernandes indica uma alimentação variada e equilibrada – rica em frutas, vegetais folhosos, carboidratos complexos (como feijões e cereais integrais) e proteínas de baixo teor de gordura saturada (carnes magras, leite desnatados etc). "Isso tudo é importante para promoção global da saúde, inclusive mental".
O psiquiatra dá algumas dicas: "Comer devagar é importante, pois o sentimento de saciedade leva em torno de vinte minutos para se estabelecer. Mastigar bem os alimentos é outra dica: quem mastiga bem, em geral sente-se saciado ingerindo menos calorias. Vale salientar que o tratamento para os transtornos ansiosos deve ser medicamentoso e psicoterápico. Associado a isso, deve haver mudança no estilo de vida tais como alimentação saudável e prática de atividade física e de lazer devem ser incorporadas ao dia-a-dia do paciente".
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