FONTE: JOHANNA NUBLAT, DE BRASÍLIA & ANDRÉIA SADI, DO PAINEL (www1.folha.uol.com.br).
O
Ministério da Saúde vai anunciar, na segunda-feira, a inclusão da vacina contra
o HPV (papilomavírus humano) no calendário público.
Esse
vírus está ligado a diversos tipos de câncer --de útero principalmente, mas
ainda o anal e de garganta, entre outros-- e ao aparecimento de verrugas
genitais.
O
contato íntimo já permite a transmissão do vírus, não sendo necessária para
tanto uma relação sexual.
Duas
vacinas disputam o anúncio: a quadrivalente (da americana MSD) e a bivalente
(da inglesa GSK). As duas oferecem proteção contra os dois tipos de vírus mais
frequentemente relacionados ao câncer do colo do útero. A da MSD também oferece
proteção contra verrugas genitais.
A
ideia é que a empresa escolhida faça transferência de tecnologia para um
laboratório público nacional --Instituto Butantan ou Fiocruz.
O
modelo a ser adotado não foi detalhado pelo ministério. A proposta que vinha
sendo estudada no último ano era oferecer a vacina para meninas com idades
próximas à faixa dos dez anos, para garantir que estejam imunizadas antes do
início de qualquer atividade sexual.
A
estratégia de vacinação que vinha sendo defendida era aproximar as escolas dos
postos de saúde, garantindo que o esclarecimento sobre a nova vacina a
professores, alunos e familiares, e a oferta no posto de saúde.
O
governo quer garantir que seja passado o seguinte recado: a vacinação contra o
HPV não descarta a necessidade da realização periódica do exame ginecológico.
Enquanto
o governo federal discutia a inclusão da vacina, alguns governos locais
passaram a oferecê-la por contra própria, caso do Distrito Federal.
Nesta
semana, a pedido da GSK, a Anvisa ampliou a indicação etária da vacina contra o
HPV para meninas acima de nove anos -o limite até então era de dez a 25 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário