segunda-feira, 17 de junho de 2013

NOVA ARMA CONTRA VASSOURA DE BRUXA TRAZ ESPERANÇA PARA OS CACAUICULTORES...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.


Na expectativa de que o governo federal anuncie formalmente a inclusão do cacau na Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a cadeia produtiva do cacau comemorou no domingo (16) o Dia Internacional do Cacau, com nova esperança. A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) apresentou oficialmente o biofungicida Tricovab, uma das principais armas no combate à vassoura de bruxa. A doença causada por um fungo é uma das principais responsáveis pela queda de produção de cacau na Bahia.

O lançamento oficial do produto aconteceu durante cerimônia realizada no auditório do Centro de Pesquisa do Cacau (Cepec/Ceplac), na estrada Ilhéus/Itabuna, com a presença do secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, representando o governador Jaques Wagner; do diretor geral da Ceplac, Helinton Rocha; prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro; Vivaldo Mendonça, diretor executivo da CAR/Sedir; Guilherme Moura, vice-presidente da Faeb; Henrique Almeida, presidente do Instituto Biofábrica de Cacau (IBC) e diretor da Associação de Produtores de Cacau (APC), representantes da agricultura familiar, deputados estaduais e federais, além de centenas de produtores.

Para o secretário Eduardo Salles o lançamento do biofungicida é uma notícia muito boa, que traz novo alento à cacauicultura, e chega num momento oportuno, “quando, depois de inúmeras reuniões em Brasília conseguimos com o governo federal o compromisso de incluir o cacau na PGPM, e estamos aguardando agora o anúncio do valor”. Ele afirmou que “estamos avançando também na questão da sustentabilidade do cacau cabruca, e até o final do mês de agosto o governo do Estado, através da Secretaria de Meio Ambiente, deverá publicar decreto disciplinando a questão da retirada de árvores exóticas e madeira caída nas áreas de cabruca, permitindo o manejo sustentável”.

De acordo com Salles, “o cacau cabruca foi e é o grande responsável pela conservação do que resta da Mata Atlântica na Bahia, mas precisamos de ações para alcançar a sustentabilidade econômica das fazendas que utilizam esse sistema, sob pena de, nos próximos anos, vermos as áreas de pastagens avançarem sobre a cabruca”.
A inclusão do cacau na PGPM vai atender a um dos pleitos dos produtores apresentados ao Mapa há quase dois meses, quando o secretário Eduardo Salles e representantes da Associação de Produtores de Cacau (APC), Instituto Pensar Cacau (IPC), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), de sindicatos e do território de identidade estiveram em Brasília, no MAPA, discutindo alternativas para o cacau. Entre as reivindicações apresentadas estavam, além da PGPM, a solicitação para que a Conab realizasse a estimativa de safra do cacau, em conjunto com a Ceplac, (que já está sendo feita), maior fiscalização sanitária nas importações, a taxação de amêndoas e produtos derivados do cacau importados, e a redução do prazo do drawback.  

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